Gráfico animado torna as mudanças climáticas “viscerais e compreensíveis”

CNN Brasil

Uma nova e impressionante visualização criada pelo cientista climático Zeke Hausfather se desenrola como uma flor desabrochando na primavera, com cores que vão do azul ao vermelho. Pode parecer bonita, mas o que revela é um quadro alarmante de um planeta em aquecimento.

O gráfico mostra o aumento das temperaturas globais diárias entre 1940 e o final de 2024, em comparação com o período anterior ao uso massivo de combustíveis fósseis pelo ser humano.

Ele apresenta um retrato marcante. À medida que os dados se expandem, tornam-se cada vez mais vermelhos, refletindo a intensificação do aquecimento global.

Boas visualizações podem tornar as mudanças climáticas “mais viscerais e compreensíveis”, disse Hausfather, líder de pesquisa climática na Stripe e cientista pesquisador na Berkeley Earth.

Representar a evolução das temperaturas globais nos últimos 85 anos torna “absolutamente claro o quão rapidamente o planeta aqueceu nas últimas décadas e o quão preocupantemente quentes foram 2023 e 2024 em comparação com qualquer ano anterior”, afirmou ele à CNN.

O ano passado foi o mais quente já registrado, quebrando um recorde estabelecido no ano anterior. Também foi o primeiro ano civil a ultrapassar 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais, um limiar climático crítico.

Cientistas têm enfrentado dificuldades para explicar totalmente o calor extraordinário dos últimos anos. Embora esse aumento seja impulsionado principalmente pela queima de combustíveis fósseis e pelo fenômeno natural El Niño, esses fatores, por si só, não explicam completamente a rápida elevação das temperaturas.

O que está claro para os cientistas, no entanto, é que cada fração de grau que o mundo aquece agrava os impactos para os seres humanos e os ecossistemas, incluindo incêndios, tempestades e inundações mais frequentes e severas.

“O aquecimento global acelerou nos últimos anos e representa uma grande ameaça ao nosso modo de vida e ao mundo natural, caso não tomemos medidas para reduzir as emissões”, afirmou Hausfather.

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Com Informações: CNN Brasil

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