Especialistas sugerem novo modelo de Imposto de Renda com base na renda familiar

Especialistas sugerem novo modelo de Imposto de Renda com base na renda familiar

Modelo considera rendimento total da família e aplica redutores conforme o número de filhos, dependentes, idosos e pessoas com deficiência ou doenças graves

ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDOProposta foi debatida em audiência pública da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara

Especialistas em direito tributário defenderam, nesta quarta-feira (23), na Câmara dos Deputados, um novo modelo de cálculo para o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) baseado na renda familiar e não apenas na individual. A proposta foi debatida em audiência pública da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família. O modelo, conhecido como splitting familiar, considera a renda total da família e aplica redutores conforme o número de filhos, dependentes, idosos e pessoas com deficiência ou doenças graves. A ideia é tornar o sistema mais justo, permitindo que famílias com mais despesas paguem proporcionalmente menos imposto.

“Duas pessoas com a mesma renda podem ter realidades financeiras muito diferentes. Quem tem filhos e dependentes tem uma capacidade contributiva menor”, explicou o mestre em direito tributário Tarso Cesar de Miranda Souza. Rodolfo Canônico, diretor da ONG Family Talks, destacou o modelo francês (quotient familial) como exemplo. Lá, a alíquota do imposto varia conforme a composição da família, incluindo a presença de pessoas com deficiência, o que reduz a carga tributária para quem tem mais responsabilidades.

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A deputada Chris Tonietto (PL-RJ), que propôs o debate, defendeu uma reforma que respeite a realidade das famílias brasileiras. “O Estado precisa proteger o núcleo familiar e isso passa por uma tributação mais justa”, afirmou. O professor da USP Heleno Torres também criticou o modelo atual, que, segundo ele, oferece deduções insuficientes. Ele defende a soma dos rendimentos familiares e a aplicação de redutores progressivos conforme os gastos, garantindo que quem pode mais pague mais. A proposta ainda está em debate, mas os especialistas consideram que ela pode contribuir para uma maior justiça fiscal no país.

*Com informações da Agência Câmara
Publicado por Felipe Cerqueira

Com Informações: Jovem Pan

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