O embaixador Marcos Castrioto de Azambuja, um dos nomes mais respeitados da diplomacia brasileira, morreu nesta quarta-feira (28), aos 90 anos. A informação foi confirmada pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), onde ele atuava como conselheiro emérito.
Ao longo de sua extensa carreira, Azambuja ocupou postos-chave, como as embaixadas do Brasil na Argentina (1992–1997) e na França (1997–2003), além da secretaria-geral do Itamaraty, entre 1990 e 1992, equivalente à vice-chancelaria. Também chefiou a delegação brasileira para Assuntos de Desarmamento e Direitos Humanos em Genebra (1989–1990) e coordenou a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a histórica Rio-92.
Com passagens por missões diplomáticas em Londres, Cidade do México e Nova York (ONU), foi reconhecido internacionalmente por seu conhecimento em desarmamento, direitos humanos, sustentabilidade e política espacial. Participou ainda da Comissão de Armas de Destruição em Massa e do Fórum de Tóquio para a Não Proliferação Nuclear e Desarmamento.
Azambuja foi autor de livros e artigos, e estava trabalhando na organização de uma obra com seus escritos mais relevantes. Ao longo da vida, atuou como conferencista em temas de relações internacionais e integrou instituições como o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Fundação Roberto Marinho, o Conselho Curador do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e o Grupo de Análise de Conjuntura Internacional da USP.
Em nota, o Cebri lamentou a perda: “Com sua partida, o mundo ficou menos inteligente, menos divertido e menos sábio. Para o Cebri, trata-se de uma perda irreparável”.
Fonte: Notícias ao Minuto