Viviane Batidão: Por que a rainha do tecnomelody está sendo ignorada nos grandes eventos?

Viviane Batidão: Por que a rainha do tecnomelody está sendo ignorada nos grandes eventos?

O nome de Viviane Batidão é sinônimo de tecnomelody, festa e resistência cultural no Pará. Com mais de uma década de história, a cantora marcou gerações, arrastou multidões e colocou o ritmo paraense no mapa da música nacional. Mas, em pleno 2025, a pergunta que muitos fãs fazem é: por que a rainha do tecnomelody está sendo ignorada nos grandes eventos?

Enquanto nomes como Zaynara, Jaloo e DJ Meury ocupam espaços no Rock in Rio Amazônia, The Town e até na programação cultural da COP30, Viviane segue de fora — como se sua importância para a cultura musical do Norte tivesse sido esquecida.

Um som que veio da quebrada e conquistou corações

Viviane não surgiu de uma estratégia de marketing ou de uma estética fabricada para agradar curadores de festival. Ela é fruto das festas de aparelhagem, dos bairros da periferia, das histórias reais das mulheres da Amazônia. Seu tecnomelody fala de amor, dor, superação — tudo embalado em batidas que fazem o chão tremer.

Ela foi uma das primeiras artistas a dar cara, corpo e voz para esse movimento. E mesmo assim, não é convidada para os grandes palcos. Por quê?

O novo pop amazônico e o apagamento do “raiz”

Nos últimos anos, uma nova geração de artistas da região Norte ganhou destaque nacional com um som mais experimental, com pegada pop, visual refinado e forte discurso político-ambiental. É legítimo, é importante, e precisa mesmo ocupar espaço. Mas… e o tecnomelody raiz? E a Viviane?

Parece que o que vem da periferia ainda precisa passar por um filtro para ser aceito nos circuitos “cool”. Tem que parecer exótico, moderno, palatável. Caso contrário, é deixado de lado.

Não há provas de que Viviane esteja sendo propositalmente boicotada. Mas a ausência dela é um sintoma claro de como o sistema cultural brasileiro funciona: se você não está dentro de certos padrões, estéticos ou políticos, você não entra. E isso precisa ser discutido.

Além disso, falta apoio profissional. Viviane, como muitos artistas populares, não tem uma equipe grande de marketing ou uma assessoria estratégica. Mas será que isso justifica deixá-la fora de tudo?

Cultura popular também é resistência

Ignorar Viviane Batidão é apagar uma parte fundamental da identidade musical da Amazônia. Não dá para falar de cultura paraense, de tecnomelody, de aparelhagem e de resistência popular sem citar seu nome. Ela merece estar nos palcos, nos line-ups, nas homenagens. E, mais do que isso, merece respeito.

Com Informações: Pará Web News

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