A Prefeitura de Belém entregou nesta semana as obras de requalificação da Ladeira do Castelo, uma das vias mais antigas da cidade, que liga o complexo do Feliz Lusitânia à Feira do Açaí, no entorno do Ver-o-Peso. O local, que passa em frente ao Forte do Castelo — marco inicial da fundação da capital paraense —, agora exibe um novo cenário: fachadas recuperadas, calçamento em paralelepípedo, cabeamento subterrâneo e proibição do tráfego de veículos.
A intervenção faz parte do pacote de obras preparatórias para a COP 30, conferência do clima da ONU que será realizada em Belém em novembro de 2025. Antes da revitalização, a Ladeira do Castelo era marcada pelo abandono e presença constante de usuários de drogas, cenário que contrastava com a importância histórica e turística do espaço.
Além da própria via, casarões históricos que estavam com fachadas pichadas e em ruínas foram restaurados, formando um novo cartão-postal da cidade e contribuindo para a valorização do centro antigo. A revitalização também dialoga com a reforma da Feira do Açaí, que está em andamento.
Exemplo que pode se espalhar
A recuperação da Ladeira do Castelo mostra que é possível unir preservação histórica com funcionalidade urbana. O modelo aplicado ali — com proibição do tráfego de veículos, cabeamento subterrâneo e livre circulação de pedestres — poderia ser replicado em outras áreas do centro histórico de Belém.
Atualmente, em muitos trechos do centro, o que se vê são calçadas obstruídas por ambulantes, postes e entulho, ruas com asfalto deteriorado sobre diversas camadas antigas e prédios históricos em avançado estado de degradação.
O momento é ideal para pensar em uma requalificação mais ampla e integrada, que vá além de pontos isolados. A expectativa gerada pela COP 30 pode ser a oportunidade para repensar o uso do centro histórico como um espaço vivo, turístico, seguro e atrativo para moradores e visitantes.
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Com Informações: Para Web News