Marabá recebe 15 novos policiais rodoviários federais

Marabá recebe 15 novos policiais rodoviários federais

A Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Marabá iniciou na segunda-feira (30/6) o processo de ambientação de 15 novos policiais rodoviários federais, marcando um importante reforço na segurança pública da região. Durante todo o dia, os novos integrantes da corporação participaram de sessões de orientação detalhadas sobre as operações e procedimentos específicos da instituição na vasta área de cobertura da delegacia.

O encontro de integração foi realizado no auditório do Ministério Público do Estado do Pará e teve como objetivo principal preparar os novos agentes para garantir a segurança da população em uma das regiões mais estratégicas do estado. A área de atuação da Delegacia de Marabá se estende por mais de 1.500 quilômetros, abrangendo praticamente todo o sul e sudeste do Pará, incluindo o trecho da Transamazônica (BR-230) até o município de Pacajá. Também estão nesse contexto a BR-222, BR-155 e BR-153.

Segundo informações do policial rodoviário federal Ruy, a expectativa é que outros dez policiais cheguem em breve à região, totalizando um reforço de 25 novos agentes para fortalecer as ações de segurança e fiscalização na área. Este incremento no efetivo representa um aumento significativo na capacidade operacional da PRF na região, que há muito tempo demandava maior presença policial devido à extensão territorial e aos desafios específicos da Amazônia.

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Contexto nacional

A chegada dos novos policiais a Marabá faz parte de um movimento nacional de fortalecimento da Polícia Rodoviária Federal, especialmente na região amazônica. Conforme publicado no Diário Oficial da União em 24 de junho de 2025, foram nomeados 521 novos policiais rodoviários federais aprovados no concurso público de 2021, que concluíram recentemente o Curso de Formação Policial (CFP) da PRF.

Durante o curso de formação, os novos agentes foram capacitados em 27 disciplinas diversas, incluindo Policiamento e Fiscalização de Trânsito, Técnicas de Abordagem e de Defesa Policial, Direitos Humanos, Armamento, Munição e Tiro, e Condução de Viatura Policial, entre outras especialidades essenciais para o exercício da função.

O estado do Pará foi contemplado com a chegada de 142 novos policiais rodoviários federais, que estão sendo distribuídos estrategicamente entre as unidades operacionais de Capanema, Marabá, Altamira, Santarém e a Superintendência em Belém. Esta distribuição visa otimizar a cobertura territorial e fortalecer a presença da PRF em pontos estratégicos do estado.

Combate ao crime

Com o reforço de 25 novos agentes, a PRF em Marabá planeja expandir significativamente sua atuação para localidades mais afastadas, intensificando a presença policial e a fiscalização nas rodovias federais que cortam a região. Os novos policiais, que já tomaram posse e cumpriram todos os procedimentos administrativos necessários, começarão a atuar nas ruas ainda neste mês de junho.

“A principal missão da Polícia Rodoviária Federal é assegurar a fluidez e a segurança nas rodovias que cortam a cidade. No entanto, a atuação da corporação vai muito além, abrangendo o combate a crimes em toda a região de Marabá e municípios vizinhos”, explica o inspetor Rui Lucas, destacando a amplitude das responsabilidades da PRF na região.

Inspetor Rui Lucas participou da aclimatação dos colegas

A expansão das atividades operacionais será particularmente importante em uma região que enfrenta desafios únicos relacionados ao seu papel estratégico na Amazônia. A área de cobertura da Delegacia de Marabá inclui importantes eixos rodoviários que conectam diferentes regiões do país, tornando-se pontos críticos para o combate ao crime organizado, tráfico de drogas, contrabando e crimes ambientais.

Ambientação supervisionada

Com foco específico no exercício da atividade operacional, que constitui a essência do trabalho da PRF, a Diretoria de Operações (DIOP) executa um plano de iniciação supervisionada, adaptado à realidade específica da região onde cada novo policial irá atuar. Este processo visa sincronizar a formação teórica recebida durante o Curso de Formação Policial com as demandas práticas do serviço diário na Amazônia.

O novo servidor é inserido na atividade policial de forma gradual, assistida e humanizada, sendo integrado ao planejamento operacional da unidade e tendo a oportunidade de estabelecer contato com sua nova equipe. Os colegas mais experientes desempenham papel fundamental neste processo, realizando o acolhimento, a integração e a ambientação, fomentando o espírito de equipe e promovendo a troca de conhecimentos e experiências.

Perspectivas futuras

O fortalecimento do efetivo da PRF na Amazônia representa apenas uma parte de um projeto mais amplo de modernização e expansão da corporação. Atualmente, a PRF busca atingir o quantitativo legal de 13.098 policiais ativos em todo o país, e para isso já foi solicitado um novo concurso público com 511 vagas, sendo 263 para o cargo de Policial Rodoviário Federal e 248 para Agente Administrativo.

O último concurso da PRF, realizado em 2021 e organizado pelo Cebraspe, ofereceu inicialmente 1.500 vagas. Até o momento, já foram autorizadas as nomeações de mais de 2.000 candidatos aprovados, incluindo a recente autorização para a convocação de 473 excedentes, demonstrando a demanda crescente por profissionais qualificados na área de segurança pública.

Desafios

A região amazônica apresenta desafios únicos para a atuação da Polícia Rodoviária Federal, desde as vastas distâncias e dificuldades logísticas até a complexidade dos crimes ambientais e do crime organizado que atua na região. A presença de importantes eixos de transporte, a proximidade com fronteiras internacionais e a riqueza natural da região tornam fundamental uma atuação policial especializada e bem estruturada.

O reforço do efetivo em Marabá e demais cidades paraenses representa uma oportunidade histórica para fortalecer a presença do Estado em uma das regiões mais estratégicas do país. Com mais policiais capacitados e equipamentos modernos, a PRF estará melhor preparada para enfrentar os desafios contemporâneos da segurança pública na Amazônia, contribuindo para a proteção do patrimônio natural brasileiro e a garantia da segurança da população local.

(Ana Mangas, com informações de Josseli Carvalho)


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