A entrega do novo Parque da Cidade, em Belém, representa um marco na expansão dos espaços públicos de lazer e contato com a natureza. Com ele, a capital paraense passa a figurar entre as capitais brasileiras com maior número de parques urbanos, somando investimentos em qualidade de vida, sustentabilidade e turismo.
Belém já possui parques consolidados, como o Mangal das Garças, o Parque Estadual do Utinga, o Bosque Rodrigues Alves e o Emílio Goeldi, que além de áreas verdes oferecem experiências culturais e educativas. Agora, novos equipamentos como o Parque da Cidade, Parque Doca Boulevard, Parque Tamandaré e o Porto Futuro consolidam uma nova fase de planejamento urbano, voltada para um modelo mais verde, inclusivo e sustentável.
“É um parque pra passar o dia todo sem sentir o tempo passar”, diz um dos visitantes do novo Parque da Cidade, que já virou ponto de encontro de moradores da Sacramenta, Pedreira e Telégrafo. O espaço conta com quadras, ciclovia, playground, skatepark, pistas de caminhada e áreas de convivência — com soluções sustentáveis como painéis solares e reuso de água.
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Qualidade de vida e pertencimento
Parques urbanos cumprem um papel central na estruturação social, ambiental e emocional das cidades. Eles promovem o bem-estar físico e mental, ajudam no controle de temperatura, oferecem oportunidades de lazer gratuito e funcionam como pontos de encontro entre diferentes comunidades.
Cidades como Curitiba e Goiânia são referências nacionais quando o assunto é urbanismo verde. Curitiba, por exemplo, tem mais de 30 parques urbanos distribuídos por toda a cidade, ajudando a integrar áreas centrais e periféricas, e é um símbolo de planejamento com foco na qualidade de vida. Goiânia, conhecida como a capital mais arborizada do Brasil, possui mais de 90 áreas verdes e parques públicos.
Belém caminha nessa direção — especialmente diante da visibilidade global que ganhará com a realização da COP30, em novembro de 2025.
Turística, verde e desigual
A ampliação dos parques também fortalece o turismo. Como cidade mais turística da Região Norte, Belém ganha com a valorização de sua paisagem urbana e da cultura amazônica. Os novos parques são uma “cereja do bolo” para quem visita a cidade e busca experiências sustentáveis.
Apesar do avanço, a desigualdade no acesso ainda é um desafio. A região norte da cidade, que inclui bairros como Icoaraci, Outeiro, Águas Negras, Maracacuera e os conjuntos da Augusto Montenegro, ainda carece de parques urbanos acessíveis e bem estruturados. A ampliação da malha verde precisa alcançar esses territórios, muitos deles densamente povoados e com carência de áreas públicas de lazer.
Além dos lançamentos recentes e dos parques mais famosos, Belém ainda conta com espaços históricos e em expansão, como o Parque São Joaquim, o Parque do Murutucu, o Parque da Residência e o Parque da Soledade, que passa por obras de requalificação em sua segunda etapa.
Planejar com verde é planejar para todos
A multiplicação dos parques públicos é mais do que um embelezamento urbano. É uma estratégia de inclusão, saúde pública, educação ambiental e turismo sustentável. Com os olhos do mundo voltados para a Amazônia em 2025, Belém tem a chance de mostrar que o desenvolvimento urbano pode — e deve — caminhar de mãos dadas com a natureza e o bem-estar social.
Com Informações: Para Web News