O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), manifestou apoio à decisão do governo federal de realizar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em Belém, capital do Pará, em 2025. A declaração ocorreu após repercussões negativas envolvendo declarações de figuras públicas e matérias jornalísticas sobre a estrutura da cidade para receber o evento.
Em entrevista, Paes afirmou que a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de levar a conferência para a Amazônia foi “acertada” e reforçou a importância de mostrar a realidade urbana da região. “Foi uma decisão acertada do presidente Lula, de levar para uma cidade na Amazônia para discutir a Amazônia. Até para a turma de fora, os gringos verem que nós não estamos falando só de floresta e bicho. Tem cidades grandes, gente que precisa viver ali”, declarou.
Desde o anúncio oficial da sede da COP30, Belém tem sido alvo de críticas. Reportagens e declarações públicas questionaram a capacidade da cidade em infraestrutura e logística. Entre os comentários mais repercutidos está o do apresentador Carlos Massa, o Ratinho, que questionou os investimentos previstos para o evento e afirmou que a cidade não teria condições adequadas para sediar uma conferência internacional. A fala gerou reações de parlamentares locais, que classificaram as declarações como xenofóbicas e preconceituosas.
Matérias veiculadas por grandes veículos de comunicação também foram contestadas por associações e representantes políticos, que acusam parte da cobertura de reforçar estigmas contra o Norte do Brasil. Na Câmara Municipal de Belém, vereadores usaram as críticas como tema de pronunciamentos em defesa da capital paraense.
Eduardo Paes, que comandou o Rio durante a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas, comparou a escolha de Belém com outras experiências nacionais de grandes eventos e expressou otimismo. “Belém vai receber super bem. Vai ser um sucesso, como foram nos outros megaeventos, como a Copa e as Olimpíadas”, afirmou.
A COP30 está marcada para novembro de 2025 e deve reunir milhares de representantes de países, organizações e instituições de todo o mundo para discutir ações de enfrentamento à crise climática, com foco especial na região amazônica.
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Com Informações: Para Web News
