O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Príncipe Faisal bin Farhan Al Saud, disse que países árabes e muçulmanos alertaram o presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as graves consequências de qualquer anexação israelense da Cisjordânia.
Al Saud disse que essa é uma mensagem que o presidente dos EUA “entende muito bem”.
O líder americano se reuniu com líderes e autoridades da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar, Egito, Jordânia, Turquia, Indonésia e Paquistão na terça-feira (23) para discutir a guerra de quase dois anos em Gaza entre Israel e os militantes palestinos do Hamas.
O encontro ocorreu na ONU, à margem da Assembleia Geral anual.
“Os países árabes e muçulmanos deixaram muito claro ao presidente o perigo de qualquer tipo de anexação na Cisjordânia e o risco que isso representa, não apenas para o potencial de paz em Gaza, mas também para qualquer paz sustentável”, disse o ministro das Relações Exteriores saudita, príncipe Faisal bin Farhan Al-Saud, a repórteres nas Nações Unidas na quinta-feira.
“E estou confiante de que o presidente Trump entendeu a posição dos países árabes e muçulmanos, e acho que o presidente dos EUA entende muito bem os riscos e perigos da anexação na Cisjordânia”, acrescentou.
Mais cedo, Trump disse em entrevista coletiva que não permitirá que Israel anexe a Cisjordânia, rejeitando os apelos de políticos de extrema-direita em Israel que querem estender a soberania sobre a área.
“Não permitirei que Israel anexe a Cisjordânia. Não permitirei isso. Isso não vai acontecer”, disse Trump aos repórteres no Salão Oval.
O ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben-Gvir, disse que proporá ao gabinete aplicar soberania à Cisjordânia ocupada por Israel, uma ação que representa a anexação de fato de terras tomadas na guerra árabe-israelense de 1967.
Com Informações: CNN Brasil