Desde a chegada ao Aeroporto Internacional de Val-de-Cans, o visitante já percebe: Belém (PA) está em festa. Imagens de araras, onças e o icônico Curupira, o menino de cabelos de fogo e guardião das florestas, colorem murais e pontos turísticos da cidade, preparando o cenário para receber delegações de dezenas de países que participam da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), em novembro.
Mais do que um evento internacional, a COP30 tem sido uma oportunidade para Belém reafirmar sua identidade amazônica e mostrar ao mundo seu talento em unir tradição e inovação. Da arte à gastronomia, tudo respira o clima da conferência.
Artesanato e símbolos da Amazônia
Nos corredores do Ver-o-Peso, o maior mercado a céu aberto da América Latina, o artesanato local ganhou novos ares. Canecas com o logo da COP30, camisetas pintadas à mão e pratos de cerâmica com figuras da floresta dividem espaço com as tradicionais imagens de Nossa Senhora de Nazaré.
“Desde o ano passado a gente vem se preparando. Produzimos muita coisa com temas amazônicos, principalmente cestarias e cerâmicas. As pessoas procuram muito os bichinhos, como araras, tucanos, onças e lendas como o Curupira e o Boto Rosa”, conta Luzilena Silva, artesã e proprietária de uma das tendas do mercado.
Cada peça carrega não apenas o nome de Belém ou da COP30, mas o orgulho de um povo que transforma a cultura em arte e a arte em memória.
Ervas medicinais e saberes tradicionais
Poucos metros separam o artesanato do coração verde do Ver-o-Peso: o corredor das ervas medicinais. Ali, o conhecimento ancestral sobre plantas amazônicas ganha forma em perfumes, banhos e óleos naturais, que prometem desde atrair boas energias até aliviar dores e purificar ambientes.
A erveira Maria Iracilda criou até um perfume especial em homenagem à COP30, cujo segredo não revela, mas garante que “transmite boas energias”.
“É para trazer coisas boas para quem vem de fora e divulgar o nosso conhecimento. Nossos perfumes são novidade para eles, e a Amazônia é rica nisso”, diz.
Já a conhecida Beth Cheirosinha lamenta o sucesso de seu produto: “O banho da COP30 acabou! Era pra atrair boas coisas para o evento. Banho de erva é da natureza, é de Deus, e funciona”, garante sorridente.
O saber popular amazônico, passado de geração em geração, agora chega ao mundo pela curiosidade dos visitantes estrangeiros.
Sabores da Amazônia: a COP dos temperos
A gastronomia paraense também se prepara para o grande evento. Nos restaurantes e barracas do Ver-o-Peso, comerciantes reforçam os estoques de peixes e frutas típicas da região.
“Nós intensificamos alguns pratos, como pirarucu, filhote, dourada e o nosso tradicional peixe com açaí. Estocamos as mercadorias e capacitamos os funcionários, até com idiomas”, diz Leydeane Modesto, feirante há 27 anos.
Ela celebra também as melhorias trazidas pela recente reforma do complexo. “A obra nos ajudou muito. O esgoto e a rede elétrica estavam comprometidos e agora tudo foi resolvido. A feira ficou mais bonita e mais digna”, completa.
Sorvetes que unem o mundo
Depois do almoço, o visitante pode seguir até a Estação das Docas e provar um dos sabores mais celebrados da cidade: o sorvete amazônico. Reconhecida em rankings internacionais, uma das sorveterias mais famosas criou um sabor especial para celebrar a COP30: cupuaçu com castanha-do-pará e pistache, simbolizando a união entre o local e o global.
A cliente Waldineia Mendonça aprovou a combinação: “É gostoso, diferente. O cupuaçu tem o gosto do nosso Pará. Dá orgulho ver Belém sendo mostrada assim”.
Outra sorveteria da região apostou em um sabor 100% amazônico, com cumaru, farofa de castanha e geleia de bacuri — ingredientes típicos da floresta. “É o sabor da Amazônia em forma de sorvete”, descreve Jaqueline Moraes, funcionária do local.
A COP da Amazônia
Enquanto a cidade se enfeita e os comerciantes se reinventam, o clima é de orgulho e expectativa. A COP30 será mais do que uma conferência: será a vitrine da Amazônia viva, criativa e diversa.
Belém está pronta — pronta para ser palco da COP dos sabores, das cores e das pessoas acolhedoras. A COP da implementação dos acordos climáticos. A COP da ação concreta contra as mudanças do clima.
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Com Informações: Para Web News
				
															






