O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, sancionou uma lei para oferecer apoio financeiro emergencial a famílias atingidas por desastres naturais no território paranaense. A lei, sancionada na quarta-feira (12), prevê a primeira destinação do auxílio para Rio Bonito do Iguaçu, cidade atingida por um tornado na última sexta-feira (7).
Segundo o governo, o programa “Auxílio Paraná” tem o intuito de realizar pagamentos de R$ 1 mil, por até seis meses, a famílias com renda de até três salários mínimos e que tenham sido afetadas por desastres naturais, ou seja: perdido parcial ou totalmente a moradia, sofrido prejuízos significativos ou ficado desabrigadas.
O pagamento deve ser feito diretamente ao responsável familiar, por meio de uma transferência bancária ou outro formato definido em regulamento. O projeto também prevê que o valor do benefício e o prazo de pagamento sejam reajustados ou prorrogados conforme a gravidade da situação.
A medida vai ser coordenada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social e Família, com base nas informações e cadastros da Defesa Civil do estado. Até terça-feira (11), mais de 1.950 famílias em situação de vulnerabilidade social foram cadastradas.
Para além do atendimento emergencial à cidade atingida pelo tornado, o programa também poderá ser acionado em qualquer outro município paranaense que registre situação de calamidade pública ou emergência reconhecida oficialmente pelo governo.
Segundo o governador, o programa surgiu como uma política de “acolhimento e reconstrução“. “Muita gente precisa se reerguer. Esse recurso ajuda a comprar itens básicos e buscar a retomada da normalidade”, ressaltou Ratinho Junior.
Tornado
O tornado que atingiu a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná deixou um rastro de destruição.
O fenômeno meteorológico extremo foi resultado da formação de um ciclone, um sistema de baixa pressão que se desenvolveu sobre o continente, entre o Paraguai, o norte da Argentina e a porção oeste da região Sul.
Mortes e desabrigados: entenda tornado que deixou cenário de guerra no PR
O Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) classificou o tornado no nível F3, o que implica ventos que podem chegar a 250 km/h. O governador Ratinho Júnior (PSD) classificou a catástrofe como “sem precedentes” na história do estado, uma “situação de guerra”.
- Vítimas: Sete pessoas morreram (seis em Rio Bonito do Iguaçu e uma em Guarapuava), e 750 pessoas ficaram feridas, totalizando 784 atendimentos na rede hospitalar;
- Destruição: Cerca de 90% dos edifícios em Rio Bonito do Iguaçu foram danificados ou atingidos, com relatos de postes e fios caídos e estruturas metálicas retorcidas. Houve pelo menos 1.000 pessoas desalojadas e cerca de 28 desabrigadas.
Em resposta, o governo do Paraná decretou estado de calamidade pública no município e luto oficial de três dias em todo o estado. Uma força-tarefa integrada com mais de 50 bombeiros, Defesa Civil, Copel e Sanepar foi mobilizada. O governo federal enviou ajuda humanitária, medicamentos e materiais.
O tornado causou prejuízos econômicos de R$ 114,5 milhões. Os números estão em levantamento da CNM (Confederação Nacional de Municípios) divulgado na última segunda-feira (10).
O governo do Paraná encaminhou à Assembleia Legislativa do estado, em regime de urgência, um projeto de lei que propõe um auxilio de R$ 50 mil por família atingida pelos estragos do fenômeno climático.
Veja momento da formação do tornado
Com Informações: CNN Brasil







