A Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais), entidade envolvida em desvios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), tinha planilhas de propinas a diretores do órgão federal e políticos, segundo investigação da PF (Polícia Federal).
De acordo com a corporação, dos R$ 708,2 milhões recebidos pela Conafer do INSS, R$ 640 milhões foram desviados para empresas de fachada e contas de operadores financeiros ligados ao grupo investigado.
“Análise do fluxo financeiro, revelando que mais de 90% da receita da entidade (proveniente dos descontos indevidos) foi transferida a empresas sem estrutura física ou empregados, pertencentes a pessoas interpostas ligadas aos investigados”, cita a Polícia Federal.
Mensagens trocadas entre integrantes do núcleo financeiro e dirigentes da entidade tratavam de “prestação de contas”, com planilhas contendo apelidos dos beneficiários, como:
Os destinatários das propinas eram referidos como “heróis” ou “amigos”, e apareciam nas planilhas com nomes e valores idênticos aos registrados em movimentações bancárias, prossegue o documento que embasou nova fase da Operação Sem Desconto.
Fidelis, Virgílio e Stefanutto foram presos nesta quinta.
Também foi identificado que as contas das empresas recebiam valores nos mesmos dias e quantias nos documentos apreendidos com Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer.
“Entre o início do convênio e a deflagração da operação policial, Cícero Marcelino de Souza Santos movimentou centenas de milhões de reais, repassando quantias expressivas a servidores públicos e agentes políticos”, prossegue, em referência ao ex-procurador-geral do INSS.
Com Informações: CNN Brasil







