O deputado federal Éder Mauro (PL) classificou como “vexame na COP 30” a agressão cometida pelo prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano (Avante), contra jornalistas do Grupo Liberal. A declaração foi feita nas redes sociais do parlamentar, que também chamou o gestor municipal de “estelionatário eleitoral” e afirmou que ele foi detido após o episódio no espaço da conferência.
A agressão contra o repórter Wesley Costa, da Rádio Liberal+, ocorreu dentro do estúdio da emissora montado na Blue Zone, área onde ocorrem as negociações oficiais da COP 30. Segundo profissionais que presenciaram o caso, o prefeito teria desferido um tapa no rosto do jornalista durante uma transmissão. Goiano foi conduzido pela segurança da ONU a uma área reservada.
O episódio ganhou repercussão nacional e foi noticiado por veículos como O Globo, UOL e CBN. Após o incidente, a organização da COP suspendeu a credencial do prefeito, que não poderá retornar ao evento.
Wesley Costa recebeu atendimento no posto médico instalado na Blue Zone e, em seguida, registrou Boletim de Ocorrência ao lado da equipe da Rádio Liberal+. As jornalistas Isis Bem e Vanessa Araújo também relataram agressões e afirmaram ter sido atacadas em razão de serem mulheres.
Advogado pede descredenciamento e medidas de proteção
O advogado criminalista Luiz Araújo, que representa as vítimas, solicita que o prefeito seja impedido de acessar novamente a COP 30 e que a organização retire formalmente seu credenciamento. Ele destaca que o protocolo de segurança da ONU, que impede a entrada imediata da polícia brasileira na área restrita, permitiu que o agressor deixasse o local sem ser detido.
Araújo também pediu garantias de segurança para que os jornalistas possam continuar trabalhando na conferência sem risco de novas agressões.
Reação do Sinjor-PA
O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) divulgou nota de repúdio contra o prefeito de Parauapebas. A entidade considerou “inaceitável” que um evento internacional voltado ao debate climático seja palco de violência contra profissionais da imprensa.
Para o sindicato, o episódio evidencia práticas autoritárias ainda presentes em segmentos políticos da região. O Sinjor ofereceu apoio jurídico às vítimas e cobrou providências do sistema de segurança pública, além de responsabilização penal do prefeito. A entidade também defende que a Câmara Municipal de Parauapebas abra processo administrativo por quebra de decoro.
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