A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, (SBACV) realizou neste domingo (24), na Praça da República, em Belém, um mutirão de saúde gratuito para realizar exames e encaminhamentos médicos às pessoas diagnosticados com risco de doença vascular, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC). A ação envolveu diversos profissionais de saúde, que realizaram triagem e atendimento do público presente.
A ação, feita com recursos próprios da SBACV, começou às 8h e se estendeu até o meio-dia. De acordo com o presidente da SBACV, Armando Lobato, o objetivo da iniciativa é levar o diagnóstico de doenças vasculares à toda a população do Brasil, sobretudo para pessoas mais carentes, que não podem pagar por exames caros e dependem do sistema público de saúde.
O presidente da SBACV, Armando Lobato, faz alertas sobre os sintomas e as causas das vasculares (Foto: Adriano Nascimento)
“Estamos fazendo visita em todos os estados do Brasil, com o check up vascular, pra ver a possibilidade de doenças vasculares. Muitas vezes esse tipo de triagem, pra você ir pra um hospital, ambulatório, tem uma espera de quase um ano, hoje estamos fazendo aqui nessa praça, com aparelhos de ultrassonografia doppler, que diagnostica doenças vasculares e aí encaminhamos o paciente para tratamento clínico ou necessidade de uma cirurgia pelo SUS”, explica o médico.
O profissional de saúde chama a atenção para os principais sintomas e causas de doenças vasculares na população, que precisa sempre estar tomando cuidados.
“Chamamos atenção dos pacientes fumantes, que tem mais e 40 anos, quando eles caminham eles já sentem dor, peso, cansaço nas pernas, esses são sintomas que devem procurar um médico vascular, pessoas com peso nas pernas, que trabalham muito tempo sentadas, isso pode ser varizes, que podem causar uma trombose venosa, uma doença grave”, ressalta.
De acordo com Armando Lobato, hoje as doenças vasculares são responsáveis por mais mortes no Brasil do que as doenças cardíacas, e que por isso, é necessário mais políticas públicas para a prevenção da população.
“Um levantamento feito pela SBACV mostra que hoje a principal causa de morte no Brasil não é mais o infarto agudo do miocárdio, é o AVC. O infarto não diminuiu, mas hoje o diagnóstico é mais precoce, porque há uma política pública para tratar o infarto, o que não acontece com o AVC, então muitas vezes as pessoas chegam no hospital com o AVC totalmente instalado, em que não dá praticamente para fazer mais nada”, alerta o médico.
Antônia Nascimento da Serra, 73 anos, conseguiu um encaminhamento para ser atendida no hospital Barros Barreto (Foto: Adriano Nascimento)
Antônia Nascimento da Serra, tem 73 anos e foi uma das primeiras a serem atendidas na ação de saúde. Preocupada, ela afirma que foi bem atendida e que em breve iniciará um tratamento.
“Eu vim aqui pra conseguir um encaminhamento porque eu acho que vou ter que fazer uma cirurgia. Eu to com um nódulo na virilha, e tem que tirar, porque se não, ele começa a estourar as veias. Com o encaminhamento eu vou para o Barros Barreto (Hospital), fazer o tratamento vascular, pra ver se é necessário operar ou não”, explica a idosa.
Nilton Dias, 62 anos, mora em Ananindeua e acordou bem cedo para comparecer ao check-up gratuito. Ele conta que sempre se preocupa com a saúde e faz exames regulares.
Nilton Dias, 62 anos, saiu de Ananindeua para participar do check-up vascular (Foto: Adriano Nascimento)
“Eu sempre to fazendo exames, estamos no mês de novembro, dos homens, né? Já fiz o exame de próstata e vim aqui também fazer o vascular. Minha mãe já teve problemas de AVC, ficou paralítica, e por isso que é bom fazer logo esse exame pra se prevenir”, conta o aposentado.
Quem também não perdeu a oportunidade de fazer o check-up foi Sônia Duarte, 73 anos, que parabeniza iniciativas de saúde como essa.
Sônia Duarte, 73 anos, ressalta que é importante estar sempre cuidando da saúde (Foto: Adriano Nascimento)
“Eu li no O Liberal que iria ter e decidir vir, porque é raridade a gente ter uma ação dessa, que envolva tantos benefícios. É muito importante a gente fazer esses exames, porque a gente às vezes não conhece o perigo que uma trombose leva pra gente, é bom que tenha sempre ações que nem essa que pro povo sempre se prevenir”, relata a aposentada.
Com Informações: O Liberal