A área queimada da Amazônia em 2024 superou toda a extensão da Bélgica, e os incêndios liberaram uma quantidade de gases de efeito estufa equivalente a todas as emissões anuais da Alemanha, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira pela Comissão Europeia.
De acordo com o estudo, mais de 3 milhões de hectares de floresta amazônica foram destruídos por incêndios no último ano, o maior volume já registrado na região desde 2010.
As queimadas emitiram cerca de 791 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, volume comparável à produção anual de gases de efeito estufa da Alemanha.
O relatório alertou que o aumento das emissões em 2024 foi nove vezes superior à média dos dois anos anteriores, revelando uma tendência preocupante de intensificação dos incêndios e da vulnerabilidade dos ecossistemas amazônicos.
O ritmo e a frequência das queimadas mostram uma crescente fragilidade ambiental e acendem o alerta para as consequências climáticas globais, afirmou a Comissão Europeia, que classificou a floresta como um dos principais pulmões do planeta.
O relatório, produzido em parceria com países da América Latina, pede ações urgentes e coordenadas para fortalecer a prevenção e o monitoramento de incêndios, além de melhorar a capacidade de resposta rápida.
Os especialistas destacaram ainda que a cooperação internacional é essencial para conter a destruição e restaurar as áreas degradadas.
A Amazônia se estende por nove países; Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa, e cerca de 60% de sua área total está em território brasileiro.
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