Durante as obras de revitalização da Praça da Bandeira, no centro histórico de Belém, arqueólogos identificaram mais de 600 fragmentos de artefatos históricos, entre azulejos, cerâmicas, louças, moedas e materiais construtivos datados dos séculos XVIII a XX. Os achados revelam importantes aspectos da ocupação urbana e da vida cotidiana na capital paraense ao longo de mais de dois séculos.
As escavações fazem parte das intervenções preparatórias para o Freezone Cultural Action, evento que será realizado em novembro como espaço complementar à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que também acontecerá em Belém.
Os trabalhos arqueológicos estão sendo conduzidos em pontos estratégicos da praça, com uso de controle estratigráfico, técnica que analisa a sequência das camadas do solo para preservar o contexto histórico dos achados. O objetivo é registrar o chamado “pacote cultural” da região — conjunto de elementos materiais e simbólicos que caracterizam uma cultura, como seus objetos, crenças e modos de vida.
A pesquisa segue todos os protocolos exigidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que autorizou as escavações e o acompanhamento técnico durante a execução da obra. A integração entre a arqueologia e a engenharia garante o progresso da revitalização sem comprometer o resgate e a preservação do patrimônio histórico.
Após a análise, os artefatos encontrados serão encaminhados à reserva técnica do Museu do Estado do Pará (MEP), onde ficarão disponíveis para futuras pesquisas acadêmicas. Ainda não há previsão de exposição pública, mas o museu deve divulgar informações sobre isso em breve.
Com Informações: Para Web News