Um relato publicado nas redes sociais chamou a atenção para a importância das aulas públicas promovidas pelo professor de História Michel Pinho, que tem utilizado as ruas de Belém como espaço de ensino. Com mais de 25 anos de experiência, Pinho conduz atividades que resgatam a memória da cidade por meio da arquitetura e do patrimônio cultural.
A iniciativa, que une educação, história e cidadania, tem atraído cada vez mais público. No último aniversário de Belém, comemorado em 12 de janeiro, cerca de mil pessoas participaram da aula pública, que percorreu prédios históricos e ruas do centro da cidade. Ao final, o professor foi aplaudido de pé pelos participantes.
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“Eu imagino a cidade como se fosse uma sala de aula. Em vez de um quadro, temos um prédio; em vez de uma projeção, temos uma rua; em vez de uma narrativa, temos as pessoas. Fazer isso é reivindicar um direito: o direito à cidade”, afirmou Michel Pinho.
A proposta também tem despertado o interesse de turistas que visitam Belém. Uma visitante relatou nas redes sociais a emoção ao participar de uma das aulas, destacando o brilho nos olhos e a sensação de encantamento ao aprender sobre a história amazônica de forma viva e acessível.
O alcance do trabalho do professor também se intensifica com a aproximação da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que será sediada em Belém em 2025. O evento tem aumentado a visibilidade da cidade e reforçado a importância de iniciativas que valorizem a cultura local.
Para a professora Inês Ribeiro, coordenadora do Auto do Círio, o trabalho de Pinho tem papel fundamental na valorização da identidade amazônica. “A importância da iniciativa do Michel para Belém e sua população está em não invisibilizar nossa história, mas sim protagonizá-la. Construímos uma identidade cultural quando sabemos onde nossos pés pisam — e eles pisam numa terra tupinambá, com o espírito de Maíra”, declarou.
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Com Informações: Para Web News