Belém deixou de ocupar a última posição entre as capitais brasileiras em arborização urbana, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base no Censo 2022. A cidade, que em 2010 era a menos arborizada do país, passou a ocupar a 21ª colocação entre as 27 capitais brasileiras. No entanto, o índice ainda está abaixo da metade: apenas 44,6% das vias urbanas de Belém possuem uma ou mais árvores plantadas.
A melhora no indicador ocorre em um momento estratégico para a capital paraense, que se prepara para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro deste ano. A presença de arborização urbana, além de ser um fator ambiental, está diretamente relacionada à qualidade de vida da população, conforme destaca o IBGE.
“A arborização urbana é essencial para a qualidade de vida nas cidades. Ela contribui para o bem-estar dos habitantes, oferecendo diversos benefícios ambientais, sociais e econômicos. A redução da temperatura é uma consequência importante, diminuindo a incidência de ilhas de calor ao longo do tecido urbano”, explica o analista do IBGE Maikon Novaes.
Apesar do avanço, Belém ainda está atrás de outras capitais da região Norte e Nordeste. O título de capital menos arborizada do Brasil agora pertence a Salvador (BA), onde apenas 34,1% das vias têm árvores. Em seguida aparecem São Luís (MA), com 34,3%, e Rio Branco (AC), com 39,9%.
As capitais com os melhores índices de arborização são Campo Grande (MS), com 91,4% das vias arborizadas; Goiânia (GO), com 89,6%; e Palmas (TO), com 88,7%. O levantamento do IBGE serve como ferramenta para o planejamento urbano e reforça a importância de políticas públicas voltadas à sustentabilidade, especialmente em cidades que enfrentam desafios climáticos crescentes.
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