Belém passou a contar, nesta quarta-feira (12), com o primeiro barco 100% movido a hidrogênio da América Latina. A embarcação, que integra o Projeto de Gestão de Resíduos Sólidos, Educação Ambiental e Inovação em Bioeconomia, será usada na coleta de materiais recicláveis nas ilhas da capital paraense.
O projeto é resultado de uma parceria entre a Itaipu Parquetec, a Prefeitura de Belém e a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp). A iniciativa faz parte dos empreendimentos anunciados para a COP30, que será realizada em Belém em 2025.
De acordo com o diretor de Tecnologias da Itaipu Parquetec, Alexandre Gonçalves Leite, o convênio tem duração de dois anos e está estruturado em três eixos principais:
- Distrito de Inovação e Bioeconomia
- Unidades de Valorização de Resíduos Sólidos (UVRs)
- Barco movido a hidrogênio verde
A embarcação será operada por associações de catadores, que farão a coleta de resíduos nas ilhas da região. A proposta é substituir o uso de barcos movidos a combustíveis fósseis e ampliar a renda de trabalhadores locais com o apoio de tecnologias sustentáveis.
Energia limpa e inovação tecnológica
O gerente do Centro de Hidrogênio do Itaipu Parquetec, Daniel Cantane, explica que o sistema do barco combina duas fontes de energia renovável: solar e hidrogênio verde. Os painéis solares instalados no teto geram eletricidade que, junto com o hidrogênio produzido por eletrólise da água, alimenta o motor elétrico.
“A energia do hidrogênio é convertida em eletricidade por uma célula de combustível que movimenta a embarcação”, detalhou Cantane.
O barco foi desenvolvido com bancos removíveis para facilitar o transporte de materiais recicláveis e será utilizado também em ações de capacitação e formalização de catadores de resíduos.
Parceria com a UFPA e produção de hidrogênio verde
A embarcação ficará sob responsabilidade da Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio da Fadesp, e também será usada em atividades de pesquisa na área de engenharia náutica. No Campus Guamá, será instalada uma usina de produção de hidrogênio verde e um posto de abastecimento, que ainda aguardam a conclusão do píer da universidade.
Enquanto a estrutura não é finalizada, o abastecimento será feito com hidrogênio disponibilizado pela Itaipu Parquetec. “Temos um estoque que ficará em Belém até que a usina entre em operação”, informou Cantane.
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