Belém está prestes a se tornar um centro estratégico para a exploração de petróleo e gás natural na Margem Equatorial, com impactos significativos na economia do Pará. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o projeto tem potencial para criar cerca de 52 mil empregos e injetar R$ 10,7 bilhões na arrecadação do estado.
O avanço da iniciativa ganhou força com a chegada de Davi Alcolumbre (União-PP) à presidência do Congresso, que tem tratado o tema como prioridade em reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Petrobras já anunciou que cumpriu as exigências necessárias para iniciar a exploração.
Belém como polo logístico
O projeto deve beneficiar diretamente setores como infraestrutura, logística e atividades portuárias e marítimas. Para a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), a exploração de petróleo pode gerar um efeito cascata em diversas áreas, incluindo educação, saúde, pesquisa e qualificação profissional, impulsionando o desenvolvimento sustentável na região.
Já a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) aponta que o crescimento econômico poderá impactar até mesmo setores indiretos, como o agronegócio, devido ao aumento da demanda por alimentos e serviços.
O zootecnista Guilherme Minssen, da Faepa, destaca que a movimentação econômica gerada pelo projeto pode ter efeitos semelhantes aos observados durante a construção da Usina de Belo Monte, que transformou a economia da região de Altamira.
“Quando você começa a desenvolver um projeto desse porte, precisa de apoio estrutural, mão de obra e insumos. A nutrição é um dos setores que mais se beneficia, já que o contingente de trabalhadores e a população no entorno aumentam significativamente”, explicou Minssen.
Expectativas para o futuro
Com o reaquecimento do mercado imobiliário nas áreas portuárias da capital paraense, empresários e investidores aguardam a liberação definitiva da exploração pelo governo federal, prevista para ocorrer até março. A expectativa é que, além da extração de petróleo, o projeto impulsione novos negócios, qualificação de mão de obra e geração de renda, consolidando Belém como hub logístico e operacional pra a Margem Equatorial.
Com Informações: Para Web News
