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Botos da região de Mocajuba são monitorados por pesquisadores da Ufra

Pesquisadores da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) vão até o município de Mocajuba, a partir deste sábado (20), para monitorar aproximadamente 12 botos da região. O trabalho é realizado desde 2023, a partir do projeto “Parâmetros fisiológicos e análise de risco para patógenos zoonóficos em botos-do-Araguaia (Inia araguaiaensis) sob impactos ambientais no contexto One Health”. A previsão é que os perquisadores fiquem no município até o mês de agosto. O município é conhecido pela presença dos animais na área do mercado de peixes, o que se tornou um dos atrativos turísticos para quem visita a região.

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A equipe é formada por professores e alunos da pós-graduação. No estudo é realizado um mapeamento da saúde dos animais, desde aspectos fisiológicos, até vocalização e biologia. Os pesquisadores fazem a avaliação da saúde dos animais, coleta de sangue, borrifo e ultrassom. O foco são os botos-do-Araguaia, ou Inia araguaiaensis, espécie catalogada em 2014 por cientistas da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

“Iremos avaliar a interação com os botos como possível indicador de impactos para saúde humana e dos animais, já que o tema principal da pesquisa está dentro do Contexto da Saúde Única”, explica a pesquisadora Angélica Rodrigues, bióloga do BioMA, grupo de pesquisa que atua no projeto.

Os botos dessa espécie habitam a bacia Araguaia-Tocantins, que abrange os estados do Pará, Tocantins, Maranhão, Goiás e Mato Grosso, além do Distrito Federal. No Pará, o pólo reúne 45 municípios, entre eles Mocajuba. A espécie se soma às já conhecidas nos rios amazônicos: Inia geoffrensis e Inia boliviensis, além da Sotalia fluviatilis.

Todo o estudo é feito com os animais em ambiente natural. As técnicas de manejo para que isso ocorra de forma eficaz e com menos stress ao animal também são alvo da pesquisa. “Estudos in situ [na natureza] sempre contribuem bastante para a conservação, pois são menos abundantes do que os realizados em cativeiro [ex situ]. Assim, o conhecimento gerado pode fornecer informações inéditas para espécie”, explica o professor Frederico Ozanan, coordenador da pesquisa.

Segundo o professor, pesquisas sobre o bem estar são fundamentais para a conservação de animais em vida livre, pois ajudam a entender sobre aspectos importantes do comportamento da espécie em seu ambiente natural. “Isso nos dá subsídios para manejar melhor a espécie, proporcionando resultados mais claros de como deve ser a interação animal-homem”, diz.

O projeto também conta com a parceria dos professores Abelardo Júnior, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e Rinaldo Mota, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), que analisam os potenciais agentes zoonóticos.

Espécie vulnerável

No caso dos botos, a vulnerabilidade é causada principalmente pelas interações negativas com atividades pesqueiras e pela perda ou destruição de habitat. Mas há uma outra questão preocupante. O animal é cercado pelo imaginário popular, o que inclui as histórias sobre o homem charmoso, vestido de branco, que aparece para seduzir moças ribeirinhas e depois se transforma em boto, causando medo e a ira dos ribeirinhos. Na Amazônia, os botos também são alvo do comércio de subprodutos místicos.

Fonte: O Liberal

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