Carramanchões com plantas naturais garantem sombra e sustentabilidade na Nova Doca

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A revitalização da avenida Visconde de Souza Franco, conhecida como Doca, em Belém, trouxe um novo conceito de paisagismo urbano sustentável. Entre as inovações do projeto, destacam-se os carramanchões, estruturas cobertas por plantas naturais que proporcionam sombra e conforto térmico para os frequentadores da área. No entanto, informações falsas circularam nas redes sociais, afirmando que as estruturas seriam árvores artificiais feitas de plástico.

Ao contrário do que foi divulgado, os carramanchões da Nova Doca são compostos por suportes feitos com materiais reaproveitados, como vergalhões de ferro reciclados, que servem de base para plantas trepadeiras. Dessa forma, mesmo nos locais onde o plantio de árvores no solo não é viável, como calçadas estreitas ou áreas pavimentadas, é possível criar espaços sombreados e agradáveis para a população.

O que são carramanchões?

Os carramanchões são estruturas arquitetônicas que servem como suporte para plantas trepadeiras, criando jardins suspensos naturais. Historicamente, esses elementos são utilizados em praças, jardins e parques para formar túneis ou coberturas vegetais que oferecem sombra e melhoram a estética dos espaços públicos.

Em Belém, exemplos clássicos desse tipo de estrutura podem ser encontrados no Portal da Amazônia e na Ilha de Mosqueiro, especialmente na Praia do Chapéu Virado, onde há carramanchões tradicionais utilizados há décadas para proporcionar sombra e valor paisagístico.

No caso da Nova Doca, o conceito foi adaptado para incluir materiais reciclados, alinhando-se às diretrizes ambientais e à proposta de sustentabilidade defendida pela cidade, especialmente em preparação para eventos de grande porte, como a COP 30.

Fake news e desinformação

A polêmica em torno das novas estruturas começou após a divulgação de imagens das obras, onde algumas pessoas interpretaram os carramanchões como árvores artificiais. Essa confusão gerou críticas nas redes sociais, com alegações de que a cidade estaria instalando elementos de plástico em vez de investir em árvores naturais.

Diante da repercussão, especialistas e responsáveis pelo projeto esclareceram que todas as plantas utilizadas na Nova Doca são naturais e vivas, e que os carramanchões foram construídos para garantir sombra onde o plantio direto no solo não é possível. Além disso, foi enfatizado que a base das estruturas é composta por materiais reciclados, tornando o projeto ainda mais sustentável.

A arquiteta Naira Carvalho, envolvida na concepção do paisagismo da Nova Doca, destacou a importância do reaproveitamento de materiais na construção urbana.

“Reaproveitar, reutilizar, reciclar e repensar é mais que uma tendência – é obrigação de todos nós que pensamos em sustentabilidade. E entendo que esta obrigação está inteiramente vinculada ao evento da COP”, explicou.

Expansão do projeto para a Nova Tamandaré

Além da Nova Doca, a iniciativa dos carramanchões sustentáveis também está sendo implementada no Parque Linear da Nova Tamandaré, outro projeto urbanístico de grande impacto em Belém. Segundo os responsáveis pela obra, o Parque Linear da Doca contará com 80 jardins suspensos, enquanto o da Avenida Tamandaré receberá 100 estruturas semelhantes.

A ideia é replicar o modelo bem-sucedido da Doca para outras áreas urbanas, garantindo que mais regiões da cidade possam usufruir dos benefícios da arborização vertical. Assim, além de melhorar o conforto térmico, as estruturas contribuem para a valorização paisagística e a redução das ilhas de calor em áreas com menor cobertura vegetal.

Compromisso com a sustentabilidade

A adoção dos carramanchões reflete um compromisso com práticas urbanas sustentáveis e eficientes. Em um momento em que Belém se prepara para sediar a COP 30, evento internacional focado em mudanças climáticas e preservação ambiental, projetos como esse demonstram que a cidade está investindo em soluções inovadoras para melhorar a qualidade de vida da população sem comprometer o meio ambiente.

Os jardins suspensos da Nova Doca e da Nova Tamandaré exemplificam uma abordagem inteligente para os desafios urbanos contemporâneos, aproveitando a vegetação para oferecer conforto térmico e, ao mesmo tempo, reduzir impactos ambientais. O uso de materiais reaproveitados reforça a ideia de que a construção sustentável não precisa de novos recursos em grande escala, mas sim de um planejamento consciente e do reaproveitamento de insumos já disponíveis.

Com Informações: Para Web News

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