Congresso promulga pacote do corte de gastos com mudanças que reduzem impacto financeiro

Congresso promulga pacote do corte de gastos com mudanças que reduzem impacto financeiro

Economia proporcionada pelo conjunto de medidas fiscais será menor do que a prevista pelo governo federal após alterações realizadas pelos parlamentares

Saulo Cruz/Agência SenadoSenadores comemoram com Rodrigo Pacheco após promulgação da PEC do Ajuste Fiscal

O Congresso concluiu a votação do pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo federal, com medidas desenhadas para controlar gastos públicos e reforçar o equilíbrio das contas fiscais. Apesar da aprovação, as alterações realizadas pelos parlamentares resultaram em um impacto financeiro menor do que o esperado. Entre as principais mudanças, a exclusão da possibilidade de bloquear emendas parlamentares obrigatórias e a flexibilização de critérios para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) foram destaques.

Além disso, foi derrubada a proposta que permitiria à União reduzir os repasses futuros ao Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), representando uma perda de economia de R$ 2,3 bilhões em dois anos. Outros ajustes envolveram alterações nas regras do salário mínimo, no qual o crescimento real ficará limitado a 2,5% ao ano. Também foi introduzida a obrigatoriedade de cadastro biométrico para beneficiários de programas sociais.

O projeto inicial previa restrições no acúmulo de benefícios e mudanças nos critérios para concessão do BPC, mas essas regras foram flexibilizadas após negociações. Mesmo com resistências, foi mantida a exigência de avaliação de deficiência moderada ou grave para a concessão do benefício, mas o governo já indicou que vetará esse ponto ao sancionar o texto. Quanto aos supersalários, o governo propôs regulamentações mais rígidas por meio de lei complementar. Entretanto, os parlamentares optaram por uma lei ordinária, que possui um quórum menor e maior suscetibilidade a alterações.

No campo educacional, a complementação da União ao Fundeb foi reduzida de 20% para 10% em 2025, representando uma redução significativa na economia prevista. Além disso, foram excluídos dispositivos que permitiriam maior flexibilidade no uso de créditos tributários e a desvinculação de recursos de fundos públicos foi limitada a apenas cinco dos oito fundos inicialmente propostos.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que as mudanças tenham desidratado o pacote, afirmando que as medidas continuam representando um esforço relevante para a recuperação fiscal. Já o ministro Alexandre Padilha, responsável pela articulação política, destacou a importância do papel do Congresso no aprimoramento das propostas. O pacote aprovado segue agora para sanção presidencial.

Publicada por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Com Informações: Jovem Pan

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