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Cooperativismo é opção para alavancar empreendedorismo no Pará

A movimentação de crédito para empreendedores pequenos, médios e grandes do Pará foi de mais de R$ 1,7 bilhão em 2024. O valor é 9% a mais do que o registrado em 2023 e representa as transações feitas por uma instituição financeira privada que tem no cooperativismo um modelo de negócios para alavancar o empreendedorismo no estado. Além disso, a iniciativa busca alternativas para lidar com as mudanças climáticas que atingem a região.

De acordo com o Mapa de Empresas, levantamento realizado pelo governo federal, o Pará conta com 7.094 novos negócios criados este ano, até o mês de agosto. O cenário econômico é considerado positivo e uma motivação para os empreendedores, sendo um resultado do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que aumentou 2,9% no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023.

Nesse rumo, visando contribuir para melhorar o cenário, César Bochi, diretor-presidente do Banco Cooperativo Sicredi, lista uma série de ações que a instituição, que está desde 1992 no Pará, tem desenvolvido. “Apoiamos diretamente os empreendimentos com diferenciais, como acesso a linhas de crédito com condições mais atrativas, consultoria financeira e isenções, buscando possibilitar, cada vez mais, a criação, manutenção e expansão dos negócios nas comunidades onde atuamos”.

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O cooperativismo consiste em investimentos feitos na comunidade para que ela tenha condições de crescer e colaborar, de forma mútua, para o também crescimento da instituição que fornece os créditos financeiros.

Assim, a aproximação da cooperativa junto à realidade local permite que os empreendedores tenham acesso a soluções que fazem parte da realidade de cada um. “Costumamos dizer que a falta de conhecimento sobre o cooperativismo de crédito é o maior desafio que encontramos. Seguimos expandindo nossa atuação na região como um todo, buscando desenvolver a economia local”, destaca Bochi.

Reconstrução diante de mudanças climáticas

Tendo em vista as consequências que as mudanças climáticas têm causado nos negócios, o diretor-presidente afirma que a instituição também atua, principalmente junto ao produtor rural do Pará e de todo o Brasil, na contenção desses danos. “Juntos, a gente busca alternativas que tornem esse produtor resiliente. As cooperativas têm técnicos na sua estrutura. Todo nosso relacionamento local identifica aquelas culturas e aproximam, seja de uma Emater, de um sindicato rural, de representantes. Construímos algo que torne esse produto resiliente”, diz.

Neste ano, o Rio Grande do Sul foi atingindo por uma das maiores enchentes já registradas no estado. César conclui exemplificando esse acontecimento, em que a cooperativa atuou na reconstrução de empreendimentos, como um caso que será levado para outras cidades. “É sobre parcerias locais e ajudar os associados com questões das mudanças climáticas, que estão mais frequentes”.

Empresários identificam efeito positivo nos negócios

O casal de empresários Jéssica e Helyezer Hasegawa, proprietário de um salão de beleza em um shopping na Grande Belém, faz parte do cooperativismo e sente os efeitos que o modelo de negócio proporciona. “Começamos com um salão de 45 m², que comprei de uma cliente da época em que eu trabalhava como contador. Parcelamos a compra e, com os próprios rendimentos do salão, conseguimos quitar o investimento. A partir disso, o negócio prosperou, e compramos o segundo salão dela. Outras oportunidades foram surgindo em outros shoppings, e agora estamos com um sistema de franquias em expansão, com a inauguração da segunda unidade prevista para novembro”, conta Helyezer Hasegawa.

O salão oferece serviços de cabelo, manicure, pedicure, podologia, estética e banho de lua. Ele acrescenta que há franquias previstas para abrir em Castanhal e Marabá, expandindo ainda mais a marca. “Nos tornamos associados recentemente e já notamos uma grande ajuda, especialmente com a isenção da taxa de PIX, o que reduz bastante nossos custos. Também facilita o pagamento de fornecedores e colaboradores”, explica Helyezer.

Com Informações de O LIberal

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