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Da beira do rio para o mundo: chocolate paraense conquista público fora do Estado

Mulher ribeirinha e moradora de Barcarena, no Nordeste paraense, Elene Elda Oliveira, de 29 anos, enxergou nas amêndoas de cacau uma oportunidade para ganhar dinheiro e ajudar a complementar a renda familiar. Ela e outros paraenses participam da 38ª edição do Chocolat Festival, em Ilhéus, na Bahia, que segue com programação até este domingo (21).

As águas do rio Araguaia foram os primeiros caminhos para a expansão do cacau de Barcarena, revela Elene. “A gente vendia só para o atravessador o nosso cacau, vendíamos só as sementes, mas eu vi que o chocolate tinha uma renda extra com as mulheres ribeirinhas. A gente só ficava em casa cuidando dos filhos, enquanto os maridos iam tirar açaí”, conta a paraense.

No seu estande, Elene mostrou para os visitantes os chocolates amazônicos, além de produtos com recheios de frutas típicas da região, como cupuaçu e açaí, que são desenvolvidos a partir de uma agricultura familiar, que conta com a participação das filhas, tias e primas de Elene Elda.

Tradição de Família

No município de Mocajuba, Noanny Maia dá segmento à produção de cacau e à venda de chocolates, que segue na família há quatro gerações. Ela explica que a empresa familiar trabalha com cacau nativo de várzea, da comunidade de Tauaré. “A gente faz todo o processo de beneficiamento de cacau, com a produção focada em desenvolver amêndoas para chocolates finos. A nossa marca desenvolve produtos destinados mais naturais, para um público que não consome o chocolate tradicional”, conta a empreendedora.

De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Pará (Sedap), a cacauicultura paraense movimentou R$ 2,4 bilhões em toda a cadeia produtiva em 2023. Ainda segundo a secretaria, existem 31.515 produtores de cacau no Pará, em uma área plantada de 221.755 hectares. No ano passado, a pasta informou que foram arrecadados R$ 100 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A produção de cacau garante uma renda média mensal às famílias produtoras de R$ R$ 5.460.

“A nossa representação traduz toda a atividade da cacauicultura no Pará, nas nossas regiões mais fortes que são o Xingu e Baixo Tocantins. Estamos aqui com 27 representantes produtores, dentro desta casa que é o berço da produção. Hoje, nós detemos essa marca, que é ser o Estado maior produtor de cacau do Brasil, com o município de Medicilândia. A gente tem certeza que saímos daqui muito melhor do que chegamos”, destaca o secretário-adjunto da Sedap João Carlos Ramos.

O idealizador do evento e empresário baiano Marco Lessa ressalta que o evento é uma oportunidade de integração e diálogo entre os produtores de cacau de várias partes do Brasil para alavancar a produção nacional e colocar o país como o maior produtor de cacau do mundo.

“É necessário trocar essa tecnologia, conhecimento, a prevenção da vassoura de bruxa e monilíase, e a busca por novos mercados. O cacau da Bahia veio do Pará, então é uma relação histórica e essa união faz todo o sentido. É uma reunião de culturas, propósitos e um ponto em comum, que é produzir cacau de qualidade e ganhar o mundo”, aponta Lessa.

Com Informações de O LIberal

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