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Dia Mundial da Alfabetização: Belém tem 97% da população alfabetizada

Neste domingo, dia 8 de setembro, é comemorado o Dia Mundial da Alfabetização, data instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) há 57 anos. Em Belém, a Secretaria Municipal de Educação (Semec) comemora o sucesso da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai) que, em três anos, certificou 3.292 estudantes (2021 a 2024). Hoje, a cidade conta com 97,6% da população alfabetizada e está a caminho de obter o título de ‘Cidade Livre do Analfabetismo’ do Ministério da Educação (MEC). Quem decide estudar, mesmo depois de adulto, garante que é uma das melhores decisões da vida.

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De acordo com a Semec, a prefeitura de Belém já protocolou, junto ao MEC, o ofício para obter o título de Cidade Livre do Analfabetismo, uma vez que cidades com percentual de alfabetizados superior a 96% já podem requerer o título. Conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, a cidade tinha apenas 2,4% da população formada por não alfabetizados. Com este número, o título a nível internacional também pode ser requerido, uma vez que a Unesco considera que um país, estado ou cidade está pronto para solicitar a declaração de estar livre do analfabetismo em escala internacional quando sua população analfabeta não supera 3,9% do total de habitantes.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, garante que “todo o esforço será direcionado para zerar o analfabetismo em Belém, tendo como referência a Pedagogia Freireana. Teremos a meta de que Belém seja reconhecida como Belém, Cidade Alfabetizada!”.

Quem volta a estudar não se arrepende

Um dos principais desafios da educação de adultos é o convencimento do público de que voltar a estudar vale à pena, afirma o professor Miguel Picanço, titular da Coordenadoria de Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Coejai) de Belém. “Pessoas que estão há muito tempo fora da escola acreditam que voltar agora não faz muito sentido. Nosso primeiro desafio é convencê-las de que a Educação é um direito e que o processo de alfabetização pode garantir a elas outros direitos que, no decorrer da vida, foram negados”, explica. 

Quem garante que a decisão por estudar, seja para quem vai começar do zero ou retomar depois de muitos anos, é uma escolha sem arrependimentos é Maria Silnar Macieira Ramos que, aos 52 anos de idade, decidiu que não era tarde demais para voltar às salas de aula. “Eu parei de estudar no quarto ano do fundamental. Eu devia ter uns 15 anos quando eu parei de estudar. Eu estudava em Baião, com meus pais, porque eu sou de lá. Mas não tinha condições de estudo pra gente. Eu tive que parar para trabalhar”, ela conta.


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Maria Ramos, de 52 anos, voltou a estudar e garante que é a melhor decisão que ela já tomou. (Cláudio Pinheiro / O Liberal)

Maria lembra que precisou se mudar para Belém em busca de melhores condições de vida e começou a atuar como trabalhadora doméstica e, aos poucos, os estudos foram ficando em segundo, terceiro plano. “Eu casei, tive dois filhos e não tinha voltado mais a estudar. Meus dois filhos se formaram e, agora, eu tive a oportunidade de estudar de novo”.

Apesar de longe da sala de aula, Maria sempre teve consciência da importância da educação. Ela enfatiza que, por meio do seu trabalho, conseguiu ajudar a pagar a faculdade dos dois filhos. A mais velha, hoje com 30 anos, se formou em Direito. O mais jovem, com 28, em Administração. Eles foram alguns dos incentivadores para que Maria retomasse os próprios estudos. “Também foi [uma incentivadora] uma colega minha, que estudava e me incentivou a voltar. Ela que me levou lá [à escola]. Era meu sonho voltar a estudar, voltar a aprender”, destaca.

Na sua atual fase de vida, Maria conta que os estudos se encaixaram perfeitamente e ela consegue trabalhar durante o dia e estudar à noite. Com a vontade que tem de aprender, ela garante que o esforço vale à pena:

“Nunca é tarde para alcançar nossos sonhos. Eu pretendo fazer ensino médio, faculdade e continuar estudando enquanto eu estiver com saúde. Como eu gosto de cuidar das pessoas, a área que eu consigo pensar em fazer é Enfermagem”, conta.


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Belém tem 97,6% da população alfabetizada. (Cláudio Pinheiro / O Liberal)

Alfabetiza Pará

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), lançou, em fevereiro de 2023, o programa Alfabetiza Pará que, em regime de colaboração com as prefeituras e municípios paraenses, potencializa e garante a alfabetização na idade certa. Em apenas 6 meses de implementação completa do programa, no ano de 2023, o Pará mais do que dobrou o número de crianças leitoras, saindo de 21% para 47%, segundo a Avaliação de Fluência Leitora, que considerou dados da rede pública, contando com a rede estadual e municipais.

Em junho de 2024, o Governo Federal divulgou o relatório técnico da primeira avaliação censitária de alfabetização apresentada no evento do programa “Compromisso Nacional Criança Alfabetizada”, que apontava que, em menos de seis meses, o Estado do Pará já cumpriu a meta de alfabetização de 2024. Dos 37% estabelecidos pelo MEC, considerando dados do Sistema Paraense de Avaliação Educacional (SisPAE), o Pará alcançou 48%. Ainda segundo o mesmo relatório, o Pará está entre os 6 estados que mais evoluíram positivamente seus índices de alfabetização com relação a 2019, período anterior à pandemia da covid-19.

Com Informações: O Liberal

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