Dólar fecha em alta, cotado a R$ 5,79, mas recua 2,13% na semana

Dólar fecha em alta, cotado a R$ 5,79, mas recua 2,13% na semana

Por aqui, pesou também contra real o resultado abaixo do esperado do PIB no quatro trimestre, que diminui a atratividade do país para investimentos e sugere menos espaço para mais altas da taxa Selic

CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDOCom máxima a R$ 5,8002 na última hora de negócios, o dólar terminou o dia em alta de 0,53%

O dólar encerrou a sessão desta sexta-feira em alta moderada em relação ao real e próximo ao nível de R$ 5,80, em dia marcado por desvalorização de divisas emergentes e de países exportadores de commodities, como o rand sul-africano, o peso colombiano e o dólar canadense. De outro lado, o dólar perdeu força em relação a pares, em especial o euro, após resultado aquém do esperado do relatório de emprego (payroll) nos EUA sugerir espaço para cortes de juros pelo Federal Reserve já no primeiro semestre.

Operadores afirmam que dados mais fracos da China, com queda mais forte que a esperada das importações, e a incerteza em relação aos efeitos da política protecionista de Donald Trump podem ter detonado um movimento de ajustes e realização de lucros em divisas emergentes, após o rali das últimas semanas.

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Por aqui, pesou também contra real o resultado abaixo do esperado do PIB no quatro trimestre, que diminui a atratividade do país para investimentos e sugere menos espaço para mais altas da taxa Selic. O PIB cresceu 0,2% no quatro trimestre em relação ao terceiro, de 0,4%. A expansão em 2024 foi de 3,4%.

Com máxima a R$ 5,8002 na última hora de negócios, o dólar terminou o dia cotado a R$ 5,7902, em alta de 0,53%, emendando o segundo pregão de valorização. Apesar disso, a moeda termina a semana mais curta, em razão do Carnaval, com perdas de 2,13%, uma vez que havia fechado na última sexta-feira em R$ 5,9163.

Lá fora, o índice DXY – que mede o comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis moedas – caiu mais uma vez e rompeu o piso dos 104,000 pontos, com mínima aos 103,458 pontos, graças sobretudo à nova rodada de fortalecimento do euro. O payroll em fevereiro mostrou criação de 151 mil vagas. A taxa de desemprego subiu de 4% para 4,1%, ao passo que o salário médio por hora aumentou 0,28%, enquanto analistas esperavam alta de 0,3%.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reiterou hoje à tarde que a política monetária está bem posicionada para lidar com incertezas geradas pelas políticas de Trump, mas alertou que a taxa básica pode permanecer restritiva por mais tempo caso a economia permaneça aquecida e a inflação, elevada. Monitoramento do CME Grupo mostra que o mercado se divide entre maio e junho como mês mais provável para retomada de corte de juros pelo Fed.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira

Com Informações: Jovem Pan

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