Últimas Notícias
Proclamação da República: frota de ônibus para Mosqueiro é reforçada no feriado
Ábritro é suspenso pela UEFA após aparecer cheirando pó branco em vídeo
Ex-guarda municipal baleada em Mocajuba morre após um dia internada em hospital
Paysandu enfrenta adversário que pode conseguir acesso na próxima rodada; entenda
Em Belém, operação da Polícia Federal prende suspeito de enviar drogas pelos Correios
Lula edita MP que prorroga Programa de Enfrentamento à Fila do INSS até fim de 2024
França reforça policiamento antes de jogo contra Israel nesta quinta
Fórmula 1 terá evento para o lançamento dos carros de 2025 de todas as equipe
Mais um voo da FAB com 237 repatriados do Líbano chega a SP
Cotação do dólar hoje: qual o valor do dólar para real nesta quinta-feira (14/11)
Dois acidentes deixam um morto e outro ferido na BR-230 em Marabá
Gabigol vai ao Maracanã com camisa 10, que foi retirada do jogador pela diretoria do Flamengo
Veja como se inscrever para aulas gratuitas de natação e hidroginástica na Usina da Paz do Guamá
Após Maduro elogiar Lula, embaixador da Venezuela anuncia que voltará ao Brasil
MPRJ denuncia PM pela morte da menina Eloah na Ilha do Governador
Next
Prev

Eleições nos EUA: políticos e especialistas paraenses repercutem eleição de Donald Trump

Parlamentares brasileiros foram às redes sociais, nos últimos dias, repercutir a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. No Pará, não foi diferente. E, nos últimos dias, a reportagem procurou saber o que projetam as autoridades para o cenário nacional brasileiro diante do retorno de Trump à Casa Branca. Confira o que dizem o senador Zequinha Marinho (Podemos), o deputado federal Delegado Éder Mauro (PL), e o deputado estadual Rogério Barra (PL).

O senador Zequinha Marinho entende que “foi decisivo para essa eleição a defesa de pautas relacionadas aos valores cristãos, ao direito à vida. A candidata derrotada (Kamala Harris) enfatizou, nas últimas semanas, uma defesa pelo direito ao aborto, algo que a fez perder votos dos eleitores americanos”.

“Assim como lá nos Estados Unidos, essa defesa pela vida e contra o aborto tem ganhado atenção aqui no Brasil muito em razão da ADPF 442, que tem sido julgada no âmbito do STF. A população tem marcado posição com relação aos valores e princípios que lhes são caros. E aí está o direito à vida. Aqui no Brasil, mais de 70% da população apoia a nossa pauta contra o aborto. Certamente esses temas conservadores, assim como foram decisivos na eleição americana, terão um peso importante nas eleições de 2026”, afirmou o senador Zequinha Marinho.

A ADPF 442 é uma proposta em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a descriminalização do aborto, em qualquer circunstância, até 12 semanas de gravidez. Da forma como está, o Código Penal Brasileiro proíbe o aborto, exceto em casos de estupro e risco à vida da mãe, e no caso de fetos anencéfalos, má formação caracterizada pelo cérebro subdesenvolvido e crânio incompleto.

Triunfo de Trump fortalece forças conservadoras, afirmam parlamentares

O deputado federal Éder Mauro acredita que o triunfo de Trump fortalece as pautas da direita no continente americano. “É um marco a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, uma vitória conquistada tanto no número de delegados quanto no voto popular. Os republicanos terão maioria no Senado, na Câmara e entre os governadores”.

“Esse é um recado da maioria do povo americano, que expressou insatisfação com as políticas democratas e o direcionamento ideológico de esquerda do governo Biden. A vitória de Trump representa uma reafirmação de pautas fundamentais, que são também compartilhadas por nós: o patriotismo, a segurança das fronteiras, a redução do intervencionismo e a promoção de políticas econômicas”, enfatizou Éder Mauro.

VEJA MAIS



Relação de amizade e complementação econômica com EUA tem tudo pra crescer, diz Alckmin
A declaração foi dada após Alckmin ser questionado sobre o futuro da relação entre o Brasil e o país com a vitória de Donald Trump


image

Bolsonaro diz que vai pedir ao STF para comparecer a posse de Donald Trump
O ex-presidente está com o documento retido desde fevereiro deste ano por determinação do ministro Alexandre de Moraes

Para o deputado federal Delegado Caveira, “a vitória de Donald Trump, automaticamente, acendeu com toda força a chama verde amarela no Brasil para o tão esperado retorno de Jair Bolsonaro à Presidência da República, retirando de vez o comunismo do poder que não deu certo em nenhum lugar do mundo. A felicidade e o otimismo dos compatriotas devem-se às últimas vitórias da direita (Bukele, El Salvador, e Milei, na Argentina) contra o sistema da esquerda”, disse o Delegado Caveira.

O deputado estadual Rogério Barra também comemora o resultado nos EUA. “Esse resultado não apenas fortalece a direita nos EUA, mas também impulsiona uma união das forças conservadoras em todo o continente. Aqui no Brasil, estamos a caminho de um movimento semelhante. Em 2026, Jair Bolsonaro já anunciou sua candidatura para presidente, e essa força de direita tem tudo para seguir firme e determinada, defendendo os valores que resgatam a dignidade, a família, a liberdade e o desenvolvimento econômico. Que essa onda de renovação se mantenha forte, no Brasil e no mundo”, destacou Barra.

EUA podem reduzir apoio ao combate às mudanças climáticas

Ao analisar os impactos da vitória do candidato republicano, o internacionalista e cientista político paraense João Felipe Tavares diz que Trump possui uma política isolacionista, o que pode fazer com que o novo presidente foque nos problemas internos dos EUA e reduza a atenção para a cooperação internacional.

“Isso pode afetar, principalmente, o combate às mudanças climáticas, que está super em alta agora aqui dentro do nosso estado. Uma das bandeiras do governo, tanto estadual quanto federal, é que os países ricos ajudem a financiar ações de preservação ambiental”, declara Tavares.

Esse posicionamento poderia esbarrar nos objetivos do governo estadual paraense de manter a floresta em pé com a cooperação de outros países. “Eu acredito que, assim, a costura de um acordo com esse objetivo parece ser muito pouco provável e que isso influenciaria bastante na COP 30 do ano que vem, e principalmente nas políticas e no legado que ela vai deixar para o nosso estado. Porque um dos objetivos do governador é sempre mostrar que a Amazônia precisa se desenvolver com a nossa floresta em pé, mas, para isso, claramente precisamos de ajuda da cooperação internacional, o que é algo que provavelmente não acontecerá com o governo Trump”, ressalta João Felipe Tavares.

Já para João Cauby de Almeida Júnior, doutor em relações internacionais e integrante da Comissão de Relações Internacionais da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará (OAB/PA), há controvérsias quanto ao modelo de governo e à posição política adotada pelo presidente eleito, especialmente no que se refere ao questionamento das instituições democráticas e das eleições.

“No Brasil, em especial, o resultado das eleições americanas poderá fortalecer segmentos políticos mais radicais, que também contestam o sistema eleitoral brasileiro e os resultados advindos das urnas; mas, por outro lado, as forças democráticas brasileiras e o sistema político se consolidaram ao longo do tempo e saberão lidar com as adversidades que, por ventura, surjam nesse novo momento. No mais, dentro do jogo democrático da política, é possível que a direita se fortaleça no Brasil e no próprio Estado do Pará, com esse resultado das eleições americanas”, conclui o especialista.

Fonte: O Liberal

DEIXE SEU COMENTÁRIO

LEIA TAMBÉM