Uma pessoa foi presa em Belém, no Pará, suspeita de envolvimento em um esquema interestadual de tráfico de drogas pelos Correios e lavagem de dinheiro. A ‘operação Rastreio’ foi realizada na manhã desta quinta-feira (14/11) na capital paraense e resultou, ainda, na apreensão de cerca de cinco quilos de substância que aparentava ser maconha. Na ocasião, foi constatada a presença de sete blocos grandes e um pequeno da droga. A confirmação do conteúdo, para confirmar se é skunk ou maconha concentrada, será feita pela perícia da PF. A encomenda apreendida em Belém havia sido enviada de Florianópolis, Santa Catarina, a Belém. O destinatário foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e um inquérito foi aberto para apurar a origem do entorpecente.
Outros mandados foram cumpridos em cidades de Santa Catarina e São Paulo, resultando em 11 prisões e várias apreensões de bens e documentos. Conforme as investigações da Polícia Federal, centenas de quilos de maconha eram enviados de SC ao Pará como encomendas.
Durante a mega operação foram cumpridos 14 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão. Também foi realizado o sequestro de bens e ativos financeiros e suspensão de atividades comerciais de empresas suspeitas de estarem envolvidas na movimentação de valores vinculados ao tráfico de drogas. Veículos, aparelhos celulares e dinheiro foram apreendidos nos locais alvos da ação. Conforme a PF, a ação ocorreu nas cidades de Belém/PA, Florianópolis/SC, Palhoça/SC, Blumenau/SC, Navegantes/SC, Braço do Norte/SC, Hortolândia/SP, Ribeirão Preto/SP e Mogi das Cruzes/SP.
A Redação Integrada de O Liberal entrou em contato com os Correios e aguarda o retorno.
Investigação
As investigações sobre o caso iniciaram a partir de apreensões de encomendas que continham, em média, cinco quilos de maconha cada. Elas eram enviadas em pacotes deixados por pessoas nos Correios em Florianópolis, como se fosse um item qualquer, e tinham como destino Belém. Os pacotes apreendidos apresentavam diversas semelhanças que indicavam terem sido remetidos por um mesmo grupo criminoso.
De acordo com a PF, as informações levantadas apontaram que o principal responsável pelas remessas seria de Florianópolis. O aprofundamento das investigações revelou uma rede criminosa dedicada à lavagem de dinheiro e movimentação de valores vinculados ao tráfico de drogas, com integrantes localizados, principalmente, no estado de Santa Catarina, mas apresentando vínculos com outros envolvidos nos estados de São Paulo, Paraná e Pará.
O nome da operação, Rastreio, se deu em razão da utilização das vias postais para a logística de Tráfico de Drogas.
Fonte: O Liberal