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Escassez do camarão preocupa famílias paraenses

A escassez do camarão nas águas dos rios da Amazônia desperta preocupação em pesquisadores e famílias paraenses que dependem das vendas do alimento para se sustentar. As regiões do Marajó e Baixo Amazonas são as áreas que mais sofrem com a diminuição drástica das populações de camarão nos rios da região.

O assunto foi discutido no Amazônia Brazil-UK Workshop, evento que reuniu pesquisadores brasileiros e ingleses em Bragança, no Pará, de 22 a 25 de julho. O encontro contou com a participação de lideranças e pesquisadores artesanais para dialogar sobre soluções para conter a crise na pesca do crustáceo, sobretudo o camarão-da-amazônia (Macrobrachium amazonicum), conhecido nas feiras como o camarão regional.

A professora Dra. Cristina Maciel, da Universidade Federal do Pará (UFPA), uma das organizadoras do evento, afirma que o risco e os danos causados pela escassez do camarão não são futuros, mas um problema dos dias de hoje, e atingem também a pesca  oceânica no Alasca, na América do Norte, e em estuários da Europa. 

“Nós estamos aqui em uma cooperação internacional para trocar ideias, para entender esse problema, que é global. E para fazer um esforço em colaboração com os pesquisadores do Reino Unido, e tentar encontrar soluções. Soluções locais, daqui, podem ser exemplos e referências para lá”, diz Cristiana Maciel.

O quadro de escassez foi confirmado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), que ressaltou a necessidade do estabelecimento de um regramento para a atividade, a fim de garantir sua continuidade de forma sustentável.

“O fato constatado é que existe uma crise instalada na pesca do camarão na região”, diz o engenheiro de pesca Ediano Sandes, da Sedap, que participou da reunião em Bragança, na última quinta-feira (25). 

A estimativa é que cerca de 17 mil famílias de pescadores estejam diretamente ligadas à atividade nos rios do Pará, no entanto, esse número pode ser maior. 

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Danos

Apesar de ser uma potencial causadora de danos, a sobrepesca não aparece como único fator para a diminuição das populações de camarão, explica a professora Dra. Cristiana Maciel. Alterações no habitat, diretamente ligadas ao aquecimento global e às mudanças climáticas que decorrem dele, podem estar na raiz do problema.

No evento, os pesquisadores apontaram que a intensificação do uso de embarcações a motor pode estar relacionada à aceleração do desaparecimento do camarão regional. Barcos a motor despejam na água resíduos de óleo e combustível, além de causar ruídos e acelerar o processo de erosão das margens, principalmente nas regiões de várzea e igapó.

Um ensaio da estratégia de interromper a pesca no período em que as fêmeas estão ovígeras, que coincide com os meses mais chuvosos na região, foi colocado em prática entre janeiro e maio de 2024 nos municípios visitados pelos técnicos – e o resultado foi positivo. “A captura estava dando de 60 a 70 gramas por matapi, por maré, o que inviabiliza economicamente a atividade. Mas quando eles abriram a pesca, o matapi que vinha com 70 gramas por maré veio com quase 300 gramas”, diz o engenheiro de pesca da Sedap. 

Com Informações de O LIberal

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