Últimas Notícias
Exposição exibe capacete que transmite voz de Senna por 'condução óssea'
Mosaico de conservação na Foz do Amazonas gera críticas de senadores e do setor produtivo do Pará
Memphis marca, Corinthians supera susto e bate Athletico para diminuir pressão no Brasileiro
Especialista explica como funciona a manutenção preventiva de árvores
Amantes dos astros e da natureza podem apreciar a super lua por meio de telescópio 
Israel divulga imagens do momento anterior à morte do líder do Hamas
Análise: O que significa a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar?
Achados arqueológicos são encontrados em obras na Marginal Tietê
Homem usa canivete para tentar matar a ex-namorada e um homem
Tuna Luso vence o Sparta e abre vantagem nas oitavas da Copa do Brasil Sub-20
Al Pacino revela arrependimento por ter rejeitado pedido de casamento
Polícia suspeita que mãe envenenou as filhas gêmeas em Igrejinha (RS)
América-MG x Goiás: onde assistir ao vivo e as escalações do jogo de hoje (17/10) pela Série B
TRT-PB elege mulheres para comandar Corte pela primeira vez na história
Em entrevista, presidente da FPF propõe padronização das divisões do Campeonato Paraense; entenda
Next
Prev

Feirantes do Ver-o-Peso celebram décadas de dedicação no tradicional mercado

Em meio à variedade de produtos e à movimentação característica dos mercados e feiras de Belém, cerca de cinco mil profissionais comemoram neste domingo (25) o Dia do Feirante. Muitos compartilham histórias de décadas de dedicação e trabalho duro para sustentar suas famílias. Na Feira do Ver-o-Peso, com mais de mil desses profissionais, eles continuam firmes apesar das mudanças no mercado e na cidade.

Davi Furtado Buriti, de 84 anos, é um dos exemplos dessa dedicação. Com 54 anos de trabalho, ele relembra que começou sua trajetória no Ver-o-Peso em meio à necessidade, “porque precisava trabalhar”, após “pedir baixa” do Exército e não obter sucesso na procura por empregos. “Foi então que um irmão meu, que já tinha uma barraca na feira, me deu um ponto, e eu comecei a trabalhar com farinha”, conta Davi.

Ao longo desse tempo – mais de cinco décadas -, seu Davi compartilha que presenciou inúmeras mudanças no local. “Hoje, a gente diz que está ruim, mas já foi pior. Antigamente, quando chovia, você pisava numa tábua e espirrava lama. Hoje, a barraca está toda coberta. Houve uma grande melhoria ao longo desse tempo, mas é claro que poderia ser melhor”, reflete.

Veja mais



Da Feira do Açaí à Pedra do Peixe, veja o que mudará com a reforma do Ver-o-Peso
A revitalização da maior a céu aberto da América Latina, executada pela Prefeitura de Belém, é considerada prioritária para a COP 30.


image

Prefeitura de Belém dá início a reforma em prédios do Complexo Arquitetônico do Ver-o-Peso
Patrimônios públicos importantes, as estruturas ficam no centro histórico da capital paraense, compondo a estética da Belle Époque

Para Davi, a feira representa muito mais do que um local de trabalho. Ele conta que foi com a renda da venda de farinha em sua barraca na feira que conseguiu criar e educar seus filhos e sustentar, até hoje, sua família. “Tudo que eu tenho, desde o chinelo até a vida, veio daqui“, afirma o feirante. “Nunca fui empregado; tudo que conquistei foi aqui”, faz questão de frisar.

Tradição

Wilson Marcelo Rodrigues, de 71 anos, também conta que “cresceu no Ver-o-Peso”. Trabalhando há mais de 40 anos no mercado, na sua barraca, ele vende uma variedade de produtos, desde hortifrúti até itens de granjeiro. “Eu sou vendedor desde pequenininho aqui. Eu estudava e vinha para cá trabalhar. Tirei o sustento daqui para criar e educar meus filhos”, diz.

Seu Wilson também lembra com nostalgia dos tempos em que a mercadoria chegava à feira de bonde ou pelos navios que vinham do interior, há décadas. “Era um tempo muito bom, que não volta mais”, diz. Para ele, é importante oferecer produtos a preços acessíveis para a população, e diz que essa é uma tradição que faz questão de manter desde que começou a trabalhar no mercado.

Nova geração

Aos 37 anos, Suelem Gomes representa a continuidade dessa tradição, já que comumente as barracas costumam passar de pai para filho. No caso dela, para filha. Há 22 anos trabalhando na feira, ela conta que seguiu os passos do pai como feirante. Ele dedicou cinquenta anos ao Ver-o-Peso. “Tudo que eu adquiri foi trabalhando aqui honestamente”, frisa Suelem.


image


Há 22 anos trabalhando na feira, Suelem seguiu os passos do pai. (Carmem Helena / O Liberal)

Para Suelem, ao longo desses 22 anos, apesar de algumas melhorias, os benefícios “não foram muitos”, mas diz que ela e os outros feirantes aprenderam a se adaptar e é grata a tudo que a feira lhe proporciona. “Trabalhar aqui representa muita coisa boa. Consegui adquirir meus bens, criar meu filho e fazer muitas amizades. Digo que aqui é minha casa; para casa eu vou para dormir”, explica.

A feirante também destaca a dinâmica característica das feiras, especialmente no Ver-o-Peso. Segundo ela, as feiras são ambientes onde a colaboração com os colegas é essencial. “A gente tenta se adaptar a tudo e se ajudar um ao outro. Às vezes, a gente se estressa, mas acaba se distraindo, brincando, se divertindo com todo mundo aqui, com os fregueses”, completa.

Com Informações de O LIberal

DEIXE SEU COMENTÁRIO

LEIA TAMBÉM