Na última segunda-feira (3), a sessão Tela Quente, da Rede Globo, exibiu o média-metragem paraense Vatapá ou Maniçoba?, emocionando e divertindo o público com uma história que aborda família, identidade cultural e diferenças geracionais. Com cerca de 50 minutos de duração, o filme marcou 11 pontos de audiência na Grande São Paulo, um feito notável, considerando que foi exibido quase à meia-noite e herdou baixos índices do Big Brother Brasil, que não tem repetido o sucesso de outras edições.
Dirigido por Fernando Segtowick e roteirizado por Lúcia Tupiassú, o filme é uma coprodução da Marahu Filmes, Globo Filmes e TV Liberal. O título faz referência a dois pratos icônicos da culinária paraense — vatapá e maniçoba —, que simbolizam as diferenças entre os protagonistas da história.
A trama acompanha Marcely (Iza Moreira), uma adolescente de 14 anos apaixonada por hip-hop e que sonha em se tornar rapper. Ao se mudar para a casa do pai, Jurandir (Adriano Barroso), e da avó, Ana (Astrea Lucena), a jovem enfrenta desafios para se adaptar à nova rotina. Enquanto ela se prepara para uma batalha de MCs, o pai deseja que participe de um tradicional baile de debutantes, evidenciando um choque cultural e geracional que permeia a narrativa.
Fernando Segtowick, cineasta paraense reconhecido pela valorização das narrativas amazônicas, já teve obras premiadas em festivais nacionais e internacionais. Seu documentário O Reflexo do Lago (2020) foi destaque na Berlinale, e seu curta Matinta (2010), estrelado por Dira Paes, recebeu prêmios no Festival de Brasília. Além disso, Segtowick coordena o Marahu Lab, um laboratório de incentivo a talentos audiovisuais da região Norte.
O sucesso de Vatapá ou Maniçoba? na Globo demonstra o crescente reconhecimento do cinema amazônico no cenário nacional, abrindo espaço para mais produções regionais ganharem visibilidade e conquistarem o público brasileiro.
Com Informações: Pará Web News