A diferença entre furto e roubo é que, no furto, o criminoso toma o objeto sem cometer violência ou grave ameaça. O projeto de lei ataca o furto de celular porque a pena desse tipo de crime, em geral, é branda.
Vilão da insegurança
O Ministério da Justiça identifica o furto e o roubo de celular como um dos principais problemas da segurança pública hoje, responsável por aumentar a sensação de insegurança.
Segundo a pasta, os criminosos têm interesse nos aparelhos não apenas para vendê-los, mas também porque usam os aplicativos e os dados pessoais das vítimas para fazer Pix, estelionatos e outros crimes no mundo digital.
O projeto enviado agora ao Congresso visa atingir criminosos com perfil semelhante aos da quadrilha da “mainha do crime”, uma mulher que foi presa em São Paulo em fevereiro deste ano depois que dois homens em uma moto mataram um ciclista para levar o celular dele.
Segundo a polícia paulista, ela emprestava bolsas de entregador e outros equipamentos para motociclistas fingirem que estavam trabalhando e praticarem crimes. Ela pagava aos ladrões e ficava com os celulares furtados e roubados para depois vendê-los.
O Congresso não tem uma data para votar o projeto que eleva as penas de furto e receptação. O texto precisa passar pela Câmara e pelo Senado antes de virar lei.
(Fonte:G1)