A gastronomia oriental possui uma magia viciante, que é o quinto sabor, o umami. A palavra umami significa “gosto saboroso delicioso” em japonês. Em Belém, cada vez mais restaurantes vêm aderindo ao cardápio oriental em decorrência da grande procura. Com pratos variados que contemplam desde os tradicionais até as mais novas gerações.
O sushiman Matheus Ferreira,40, trabalha com a gastronomia oriental há 18 anos e explica que em Belém e no Brasil todo é possível ver que os diversos tipos de pratos ganharam o gosto do público. “Por meio da vivência e do contato com o público a gente consegue ver o quanto as pessoas vêm aumentando o consumo”, explica.
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Essa percepção também também é visível pelo aumento do número de restaurantes especializados no cardápio oriental. Matheus diz que se for avaliar há alguns anos atrás o número de restaurantes especializados era bem menor com relação aos dias atuais.
“Há 11 anos eu montei o meu primeiro ponto, mas com o tempo os clientes que vinham de longe começaram a cobrar por novos pontos perto de suas localidades. Hoje eu tenho um na Mundurucus, um na Marambaia e na Pedreira, que foi inaugurado há dois meses”, explica o sushiman.
Matheus diz que os seus clientes são apreciadores dos pratos tradicionais e dos hots sushis. Os pratos tradicionais são os sushis feitos como no Japão, com os peixes crus. A segunda e terceira geração já apresenta os hots sushis. A terceira geração já apresenta um prato similar a um sanduíche e vem a quinta geração, que é como se fosse a pizza de sushi.
“Geralmente quando uma comida estrangeira começa a ganhar espaço a gente tenta adaptar ao nosso paladar. Com isso, a gente procura colocar nossos peixes locais, os nosso ingredientes e demais adaptações”, explica o sushiman.
Outra curiosidade informada pelo sushiman sobre o ganho de novos públicos à gastronomia oriental é a internet, que é um fator que faz com que as pessoas procurem pela gastronomia e suas variedades de pratos.
“Eu não posso colocar como determinante, mas eu percebo por meio dos meus restaurantes uma maior presença de jovens. De uma faixa etária até 40 anos. O público jovem frequenta bastante”, pontua.
Matheus começou no ramo trabalhando em um supermercado de Belém, onde aprendeu a técnica e foi aperfeiçoando. Em meio ao trabalho, as pessoas contratavam o sushiman para a encomenda de barcas. “Além do meu expediente no supermercado ainda faziam encomendas. Até que pela grande procura eu fiz uma cozinha equipada na minha própria casa. Nisso eu me dividia entre meu emprego e o trabalho das encomendas”, conta.
Teve um momento em que Matheus não conseguia mais conciliar e resolveu largar o emprego para investir apenas no seu próprio negócio. “Eu lembro que quando eu comecei eu tinha apenas R$250,00. Mas mesmo com pouco recurso eu tinha muito trabalho e pedidos. Hoje já estou com meu terceiro restaurante”, diz.
O sushiman diz que esse crescimento se deve pelo aumento do público, pelo aperfeiçoamento que dá ao trabalho por meio de cursos e também pelo amor ao que faz.
Com Informações: O Liberal