Últimas Notícias
Memphis marca, Corinthians supera susto e bate Athletico para diminuir pressão no Brasileiro
Amantes dos astros e da natureza podem apreciar a super lua por meio de telescópio 
Israel divulga imagens do momento anterior à morte do líder do Hamas
Análise: O que significa a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar?
Achados arqueológicos são encontrados em obras na Marginal Tietê
Homem usa canivete para tentar matar a ex-namorada e um homem
Tuna Luso vence o Sparta e abre vantagem nas oitavas da Copa do Brasil Sub-20
Al Pacino revela arrependimento por ter rejeitado pedido de casamento
Polícia suspeita que mãe envenenou as filhas gêmeas em Igrejinha (RS)
América-MG x Goiás: onde assistir ao vivo e as escalações do jogo de hoje (17/10) pela Série B
TRT-PB elege mulheres para comandar Corte pela primeira vez na história
Em entrevista, presidente da FPF propõe padronização das divisões do Campeonato Paraense; entenda
Rita Ora homenageia Liam Payne e se emociona ao cantar ‘For You’, parceria com o artista 
4 receitas incríveis de nuggets veganos
Netanyahu afirma que morte de líder do Hamas não significa o fim da guerra em Gaza: ‘Missão não acabou’
Next
Prev

Governo Bolsonaro briga na Justiça para não dar internet a alunos de escola pública

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo Jair Bolsonaro ingressou com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para suspender lei que prevê garantia de conexão à internet a alunos e professores de escolas públicas. Essa lei fora vetada pelo presidente, mas o Congresso derrubou o veto.

Há a previsão de aplicação de R$ 3,5 bilhões de recursos federais para ações de conectividade. A nova lei foi uma resposta do Congresso à ausência da gestão Bolsonaro no enfrentamento dos reflexos da pandemia na educação básica -o orçamento do MEC (Ministério da Educação) ainda passa por reduções.

Após a derrubada do ato de Bolsonaro, em 1º de junho, a lei nº 14.172 foi promulgada no dia 10 daquele mês pelo governo federal. Mas, na noite desta segunda-feira (5), a AGU (Advocacia-Geral da União) ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade para impugná-la.

A lei define que os R$ 3,5 bilhões sejam transferidos para estados e municípios em 30 dias. Essa obrigação, que vence no próximo dia 10, é o principal questionamento da AGU.

"A referida imposição, no entanto, foi editada à revelia de importantes regras do processo legislativo, como a iniciativa reservada do Presidente da República para diplomas que interfiram nas atribuições dos órgãos do Poder Executivo", diz a peça, de 50 páginas, assinada pelo advogado-geral da União, André Mendonça.

"[A lei] criou situação que ameaça gravemente o equilíbrio fiscal da União, mediante o estabelecimento de ação governamental ineficiente, que obstará o andamento de outras políticas públicas", diz a inicial.

A Folha de S.Paulo questionou o MEC e a AGU, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O Ministério da Economia informou que não comentaria a ação.

Além de pedir o reconhecimento da inconstitucionalidade do ato, a AGU quer barrar essa transferência e pede a suspensão da eficácia da lei até o julgamento final. O órgão aponta que é inconstitucional o estabelecimento de despesa "sem o respeito às condicionantes fiscais", especialmente por não não haver atualmente, diz o governo, decreto de calamidade pública para essa finalidade.

O órgão ainda cita que o atendimento à lei pode acarretar desrespeito ao teto de gastos públicos e, sem entrar em detalhes, diz que poderia causar "prejuízo ao custeio de políticas públicas educacionais". Também afirma que há "violação ao princípio da eficiência e aos postulados da razoabilidade e da proporcionalidade".

O governo Bolsonaro nunca previu recursos para a educação nos instrumentos de apoio financeiro durante a pandemia. O ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, sempre se posicionou contrário à lei, apesar de o MEC não ter tido protagonismo nesse período nos desafios enfrentados na educação básica.

A desigualdade no acesso à internet tem sido um dos principais problemas para a manutenção de aulas na pandemia no esquema remoto. A continuidade de atividades online, com um modelo híbrido, é a aposta da maior parte das redes de ensino, mas o plano empaca no alto percentual de alunos e escolas sem conexão.

Ao vetar o projeto, em março, Bolsonaro argumentou que a medida não apresentava estimativa de impacto orçamentário e financeiro e provocaria rigidez orçamentária, "dificultando o cumprimento da meta fiscal e da regra de ouro". A lei prevê que sejam utilizados recursos do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações).

O governo Bolsonaro quer ao programa seja executado de acordo com a disponibilidade financeira da união, segundo a AGU. As transferências também devem, de acordo com a ação, ser condicionadas a requisitos orçamentários e financeiros.

O MEC fechou o ano passado com recordes negativos de execução orçamentária na educação básica. Os gastos em educação em geral estão em queda sob Bolsonaro: representaram no ano passado 5,2% das despesas totais do governo; o percentual já foi de 6,5% em 2016.

*Com Informações Notícias ao Minuto

DEIXE SEU COMENTÁRIO

LEIA TAMBÉM