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Kamala Harris faz primeiro discurso após derrota para Trump nas eleições dos EUA

A vice-presidente pediu a seus seguidores que ‘continuem lutando’, ao reconhecer publicamente sua derrota para o ex-presidente republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de terça-feira (5)

EFE/EPA/JIM LO SCALZO
‘Embora eu esteja concedendo esta eleição, não concedo os valores que contribuíram para esta campanha’, disse Kamala Harris

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, discursou nesta quarta-feira (6) na Howard University, em Washington, após ligar para o presidente eleito Donald Trump e conceder a derrota nas eleições presidenciais americanas na tarde de hoje. Kamala inicia o discurso agradecendo a sua família, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota, Tim Walz. “As pessoas estão sentindo e vivenciando uma série de emoções agora, eu entendo. Mas devemos aceitar os resultados desta eleição”, disse Kamala. “Hoje mais cedo falei com o presidente eleito Trump e o parabenizei por sua vitória”, apontou Kamala, em meio a vaias de plateia após o nome do presidente eleito ser mencionado.

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Kamala também apontou que a administração Biden irá ajudar Trump e sua equipe no processo de transição. “Embora eu esteja concedendo esta eleição, não concedo os valores que contribuíram para esta campanha”, disse Kamala. “A luta pela liberdade, pelas oportunidades, pela justiça e pela dignidade de todas as pessoas não acabou.”

A vice-presidente pediu, ainda, a seus seguidores que “continuem lutando”, ao reconhecer publicamente sua derrota para o ex-presidente republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de terça-feira (5). “O resultado destas eleições não é o que queríamos, não é pelo qual lutamos, não é pelo qual votamos, mas escutem quando digo que a luz da promessa dos Estados Unidos sempre brilhará enquanto nunca nos rendermos e continuarmos lutando”, disse em um discurso a seus apoiadores.

Ligação para Trump

Segundo um assessor da candidata democrata, Trump e Kamala discutiram a importância de uma transição pacífica de poder. Já Steven Cheung, um porta-voz da campanha de Trump, descreveu o telefonema de Kamala para Trump como cordial. “O presidente Trump reconheceu a vice-presidente Harris por sua força, profissionalismo e tenacidade durante toda a campanha, e ambos os líderes concordaram sobre a importância de unificar o país”, disse Cheung em uma declaração.

O republicano garantiu a vitória após vencer no Estado do Wisconsin, contabilizando 277 delegados no colégio eleitoral. Para um presidente ser eleito nos EUA, 270 delegados são necessários. Neste momento, Trump tem 292 delegados após a AP projetar a vitória do ex-presidente em Michigan. Arizona, Nevada, Alasca e Maine são os Estados que a AP ainda não projetou um vencedor. O republicano lidera nos três primeiros e Kamala deve vencer no Maine.

Derrota

A derrota foi um balde de água fria na campanha de Kamala Harris, que se animou na reta final da eleição com algumas pesquisas que deram a vice-presidente numericamente à frente de Trump em alguns Estados-pêndulo. A realidade, no entanto, provou que as estatísticas subestimaram a força eleitoral do republicano pela terceira vez consecutiva.

A democrata apostou na força do voto feminino para tentar derrotar Trump, usando principalmente o tema como a legalização do aborto para mascarar o alto custo de vida e o pessimismo do americano com a economia que ela herdou do presidente Joe Biden, que desistiu da reeleição em julho após uma performance ruim em debate contra Trump e preocupações sobre sua idade.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também deve discursar nesta quarta-feira. Segundo a Casa Branca, Biden telefonou para Kamala e Trump nesta tarde e parabenizou a ex-colega de chapa pela “campanha histórica”, e o ex-rival, pela vitória. O presidente disse também ao sucessor que está comprometido com uma transição tranquila e ressaltou a importância de que ambos trabalhem para unificar o país. Biden convidou Trump para uma reunião na Casa Branca.

*Com informações do Estadão Conteúdo e AFP
Publicado por Carolina Ferreira

Fonte: Jovem Pan

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