Macron diz que acordo UE-Mercosul não pode ser assinado e exige 'freio de emergência' no pacto

Entenda em 10 pontos o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que o acordo entre a União Europeia e o Mercosul não pode ser assinado e defendeu a adoção de um “freio de emergência” para o pacto. A declaração foi feita a jornalistas ao chegar ao Conselho Europeu, nesta quinta-feira. O líder francês, que já havia manifestado oposição ao acordo, disse querer adiar a eventual assinatura do documento entre as partes.

“A Comissão Europeia fez uma proposta, o Parlamento a melhorou e aprimorou as medidas de salvaguarda do Mercosul, mas buscamos cláusulas de reciprocidade e de espelhamento no acordo comercial com o Mercosul e não estamos prontos para seguir com o acordo”, afirmou Macron.

Na ocasião, o presidente francês declarou que a discussão sobre o avanço do pacto é uma questão de “coerência” da Europa, que, segundo ele, deve proteger sua agricultura e seus agricultores. “Não podemos aceitar sacrificar a nossa coerência, a nossa agricultura, a nossa alimentação e a segurança alimentar dos nossos compatriotas por um acordo que ainda não foi finalizado. Desde o início, fomos claros”, ressaltou, ao acrescentar que diversos setores que já enfrentam dificuldades seriam “sacrificados” com o acordo com o Mercosul.

Macron defendeu ainda que é “extremamente importante” que o Conselho Europeu demonstre que o bloco é capaz de proteger seu território, seus cidadãos, sua segurança, sua economia e sua agricultura.

O presidente francês também comentou a guerra entre Rússia e Ucrânia e afirmou que “a principal questão” é conter a ação de Moscou. Em segundo plano, segundo ele, os europeus buscam garantir apoio financeiro e reforçar a capacidade de resistência da Ucrânia. “Na cúpula, chegaremos a uma posição conjunta sobre como financiar o esforço de guerra na Ucrânia”, declarou.
 
 

Tratado negociado há mais de duas décadas prevê a criação de um mercado com mais de 700 milhões de consumidores, redução gradual de tarifas, salvaguardas ambientais e agrícolas, além de impactos distintos para setores da economia brasileira e europeia.

Folhapress | 06:00 – 18/12/2025

 

Fonte: Notícias ao Minuto

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