No Rio de Janeiro, a Polícia Civil está apurando o caso de Kathelen Tavares, que afirma ter ido ao Hospital Municipal Mariska Ribeiro, em Bangu, para dar à luz gêmeas na última sexta-feira (28) e ter recebido apenas um bebê após o parto. Apesar de estar com o parto agendado apenas para o sábado (29), a bolsa de Kathelen estourou na sexta-feira e a mulher teve que se deslocar às pressas para o hospital, sem a presença de um parente para acompanhá-la. Moradora da Zona Oeste da cidade, Kathelen já é mãe de gêmeas e recebeu o laudo da segunda gravidez gemelar após as consultas e exames realizados durante o pré-natal.
Na documentação do pré-natal dela há registros de exames que apontam a gestação de dois fetos. Em uma ultrassonografia realizada pela mulher em dezembro do ano passado, constam dois fetos com batimentos cardíacos e tamanho de fêmur diferentes.
Ainda conforme a documentação, a mãe teria comparecido a dez consultas na Clínica da Família para realizar o acompanhamento da gestação. O laudo do último exame realizado por Kathelen na quarta-feira (26) também apontou a presença de dois fetos, assim como os registros de internação no hospital da sexta-feira (28).
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Em entrevista dada para o “Bom Dia Rio”, da TV Globo, nesta terça-feira (1º), Kathelen conta que foi mandada a separar roupa para dois bebês.
“Me botaram na sala de cirurgia, me mandaram separar duas roupas para dois bebês, tomei anestesia, fiquei deitada, escutei o choro de uma, botaram em cima de mim, eu falei que não aguentava e depois falaram que não tinha outro bebê, não me falaram mais nada”, disse.
O caso foi registrado pela família na 34ª DP (Bangu), responsável pela investigação. Segundo a Polícia Civil, os documentos da unidade hospitalar e imagens de câmeras de segurança foram solicitados para serem analisados. O diretor do Hospital Municipal Mariska Ribeiro também foi intimado para prestar depoimento.
Secretaria afirma que apenas um bebê nasceu
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que durante a cesariana foi verificado que não se tratava de uma gestação gemelar, tendo somente um único recém-nascido, sem vestígio de outro feto.
“A paciente apresentava apenas uma placenta e um cordão umbilical no parto realizado na unidade, tendo sido assistida pela equipe médica e obstétrica em todo o momento de internação. Não houve complicação cirúrgica. Após o nascimento do bebê de Kathelen, a equipe obstétrica realizou uma investigação e foi constatado que não havia sinal ou vestígio de outros fetos presentes, se tratando de apenas um recém-nascido”, consta na nota.
Além disso, segundo a SMS, Kathelen teria recebido orientações e explicações durante as consultas realizadas no pré-natal de que os dois batimentos cardíacos escutados nos exames podiam corresponder aos sons de um só feto em pontos diferentes do abdômen.
Ainda de acordo com a nota da SMS, a mulher também teria sido devidamente acolhida pela equipe do hospital e o órgão se coloca à disposição para demais esclarecimento do caso.
(Júlia Marques, estagiária de Jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de oliberal.com)
Com Informações: O Liberal
				
															







