Marabá chega a nove mortes materno-neonatais

Marabá chega a nove mortes materno-neonatais

Nos primeiros minutos da madrugada desta quarta-feira (5), Marabá registrou a nona morte materno-neonatal do ano, chegando à incrível média de uma morte a cada quatro dias. O caso mais recente envolveu a gestante Dayane Santos de Sousa, de 33 anos. Ela deu entrada no Hospital Materno Infantil (HMI) apresentando dor abdominal intensa e sangramento, um pouco antes de 1h da madrugada. O bebê que ela carregava no ventre morreu. Segundo a prefeitura, o feto já estava sem batimentos cardíacos quando ela deu entrada no HMI.

De acordo com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura, a equipe médica prestou atendimento imediato, constatando a gravidade do quadro e a ausência de batimentos cardíacos do bebê. A paciente foi submetida a uma cesárea de urgência, momento em que foi constatado descolamento prematuro da placenta.

O CORREIO entrou em contato, por telefone, com a Dayane, e esta informou ter sido muito bem tratada pela equipe médica casa de saúde. “Não tenho do que reclamar; me trataram muito vem”, resumiu, ao acrescentar que foi informada logo após o parto que o bebê já estava sem vida.

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MEIAS VERDADES

Por outro lado, num primeiro contato feito pela reportagem, a Secom afirmou, de pronto, que a paciente seria moradora de outro município e que fora deixada na porta do HMI. “Esta é a versão verdadeira”, afirmou o secretário, em ligação telefônica.

Acontece, porém, que a própria paciente informou que mora no Bairro Liberdade, em Marabá, desmentindo a tal “versão verdadeira”. Somente depois disso, a Secom admitiu por mensagem que a paciente é residente mesmo neste município.

ATENDIMENTO

“O recém-nascido recebeu atendimento de reanimação cardiorrespiratória pela equipe pediátrica, porém, sem sucesso. A família foi informada sobre todo o processo durante o atendimento. A puérpera segue internada, apresentando boa evolução clínica”, diz nota enviada à Imprensa.

O diretor técnico do HMI, Fábio Farias, reforça que a unidade está adotando medidas emergenciais e de médio prazo para aprimorar a assistência materno-infantil, incluindo a ampliação do serviço de ultrassonografia, a aquisição de novos equipamentos para monitoramento fetal e a implementação de protocolos de atendimento padronizados.

(Chagas Filho)


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