Megaoperação da PF investiga tráfico internacional de drogas com base no Pará e Paraná

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (9/4) a megaoperação ‘Antigua’, para desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico internacional de drogas. Segundo as apurações policiais, a quadrilha possui forte atuação no Brasil e no exterior, além de vínculos e ramificações internacionais. O grupo investigado é responsável pela internalização de entorpecentes do Paraguai e da Bolívia, utilizando rotas marítimas e aéreas com base consolidada no estado do Pará e em Cascavel, no Paraná. 

Aproximadamente 80 policiais foram mobilizados, com apoio do Comando de Aviação Operacional (CAOP) e do Grupo de Pronta Intervenção (GPI) da Polícia Federal. Além do transporte de drogas, o grupo criminoso utiliza esquemas sofisticados de lavagem de dinheiro para ocultar os lucros ilícitos. Segundo a PF, os investigados possuíam uma estrutura consolidada no Pará e no Paraná, onde mantinham infraestrutura para armazenamento e distribuição da droga. Além disso, contava com uma rede de operadores financeiros responsáveis pela movimentação dos recursos ilícitos, garantindo a continuidade das atividades criminosas.

O grupo traficava principalmente cocaína, utilizando veículos de luxo com compartimentos ocultos (fundo falso) para transportar a droga pela fronteira do Paraguai, dificultando a detecção por parte das autoridades. Ao chegar ao Brasil, a droga era fracionada na cidade de Cascavel, um ponto estratégico no esquema da organização. De lá, os entorpecentes seguiam para diversos estados do país, principalmente para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, abastecendo outras células do crime organizado.

“No Paraná, os criminosos utilizavam veículos de luxo com compartimentos ocultos para transportar a droga pela fronteira, dificultando na identificação pelas autoridades”, detalhou o Delegado Robson Petter Gonçalves, da PF.

Pará

No Pará, a PF apurou que a droga era transportada pelo rio Amazonas, e que o entorpecente ingressava no Brasil a partir da Bolívia. Assim como no Paraná, a carga era fracionada em fazendas localizadas em Monte Alegre, no oeste paraense, antes de ser redistribuída para outras regiões do Brasil.

“As investigações apontam que a carga era armazenada e fracionada em fazendas na região de Monte Claro, Pará, antes de seguir para abastecer outros estados do país. Hoje estão sendo cumpridas 54 medidas cautelares. Nos estados do Paraná e do Pará, incluindo mandados de prisão, busca e apreensão, além do sequestro de bens e bloqueio de imóveis. A Polícia Federal reforça o seu compromisso no combate ao crime organizado e ao tráfico internacional de drogas, garantindo que os responsáveis sejam identificados e levados à justiça”, informou o delegado da PF, Robson Petter Gonçalves.

As investigações tiveram início em julho de 2023 e, ao longo das diligências, foram realizados pelo menos oito flagrantes diretamente ligados à organização criminosa, sendo cinco deles envolvendo o transporte de cocaína e os demais relacionados ao transporte de crack e maconha.

Lavagem de dinheiro 

Durante as investigações, identificou-se que o grupo criminoso adquiriu diversas propriedades no estado do Pará, utilizando-as tanto para lavagem de dinheiro quanto para a possível movimentação de entorpecentes.

Segundo a PF, o esquema demonstrava audácia e chegou a batizar duas das propriedades como “Fazenda Vera Cruz” e “Fazenda Vera Cruz III”, uma referência à Operação Vera Cruz, que desmantelou o grupo em 2012.

As fazendas estão estrategicamente localizadas próximas a cursos d’água, o que indica o uso de embarcações para o transporte de drogas. Além disso, a organização buscava monopolizar um braço de rio estratégico, permitindo a movimentação de grandes quantidades de entorpecentes sem chamar a atenção das autoridades.

Líderes foragidos

Dois integrantes do grupo encontram-se atualmente foragidos na Alemanha. A Justiça Federal de Cascavel autorizou a inclusão dos alvos na difusão vermelha da Interpol (Red Notice), uma solicitação internacional para prisão. Foram realizadas diligências no país europeu, mas os investigados não foram localizados até o momento.

Mandados e bloqueio de bens

A Justiça Federal de Cascavel expediu um total de 54 medidas cautelares, que estão sendo cumpridas nos estados do Paraná (nas cidades de Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu e Boa Vista da Aparecida) e Pará (Monte Alegre), incluindo:

12 mandados de prisão preventiva;

1 medida cautelar de monitoração eletrônica;

20 mandados de busca e apreensão;

21 mandados de sequestro e bloqueio de bens móveis, imóveis e valores dos investigados.

Além disso, todas as propriedades vinculadas ao grupo criminoso, incluindo as 8 fazendas localizadas em Monte Claro/PR, estão sendo bloqueadas.

A Polícia Federal reforça seu compromisso no combate ao crime organizado e ao tráfico internacional de drogas, garantindo que seus responsáveis sejam levados à Justiça.

Com Informações: O Liberal

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