Uma postagem nas redes sociais gerou grande repercussão em Belém nesta semana ao denunciar que a Praça Floriano Peixoto, mais conhecida como Praça de São Brás, foi cercada e restringida para manifestações políticas após as obras de revitalização realizadas no entorno do novo Mercado de São Brás, gerido atualmente pelo governo estadual.
Segundo militantes, o espaço — que historicamente serviu de palco para greves, protestos e manifestações populares — foi “privatizado” ou controlado, limitando o uso por movimentos sociais. A denúncia surge às vésperas do Ato Nacional do dia 10 de Julho, quando milhares devem ir às ruas em defesa de pautas como a taxação dos super-ricos, o fim da escala de trabalho 6×1 e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
No X (antigo Twitter), uma postagem viralizou ao afirmar:
“Estão tirando do povo os lugares onde ele grita. São Brás sempre foi espaço do povo”.
A crítica ganhou força entre organizações sociais, partidos de esquerda e ativistas que apontam a medida como tentativa de esvaziar os espaços de resistência popular em ano de projeção internacional para Belém, que receberá a COP30 em 2025.
Praça de São Brás: um espaço histórico da resistência
A Praça Floriano Peixoto é um dos logradouros públicos mais emblemáticos de Belém. Situada em um ponto estratégico da cidade — em frente ao Terminal Rodoviário e ao lado do Mercado de São Brás — a praça sempre serviu como ponto de encontro para protestos, assembleias sindicais e manifestações culturais.
Com a revitalização da área e a nova estruturação do mercado, parte do espaço foi cercada e a gestão passou a limitar o acesso a eventos de livre adesão política ou popular, segundo denunciam os movimentos.
Com Informações: Para Web News