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“O alarme já soa de forma contundente”, diz secretário do Observatório do Clima

O secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, avalia que “estamos no ponto em que tudo aquilo que se dizia das previsões sobre o clima saiu dos papeis e ganhou vida na realidade. Nós estamos vendo as devastações climáticas acontecer”. 

A declaração foi ao ar no CNN Sustentabilidade, exibido na CNN Brasil. O episódio da semana trata de crise climática e é apresentado pelo âncora Márcio Gomes, com a participação do analista de clima e meio ambiente da CNN, Pedro Côrtes. Perguntado sobre o ponto do termômetro onde o país está e qual o risco de ele não ter mais retorno, Astrini afirmou que: “o alarme soa de forma muito contundente e as enchentes do Rio Grande do Sul são um exemplo”. 

“São prejuízos reais, concretos, na vida das pessoas. Temos uma janela de oportunidades para tentar controlar essa situação, mas está ficando cada dia mais estreita”, diz Astrini.

O secretário-executivo do Observatório do Clima ainda alertou que “se as ações não forem tomadas, nós vamos ver climas mais extremos e com tragédias mais prováveis de acontecer. As previsões do passado já estão acontecendo e as previsões do futuro são ainda pior”. Segundo Astrini, “mitigar já não é mais suficiente; é preciso adaptar-se às mudanças”.

Para Pedro Côrtes, falta prioridade nas pautas ambientais. “Projetos de lei ligados à crise climática não ganham o protagonismo necessário. A crise do Rio Grande do Sul talvez não seja o único exemplo. As previsões vêm se concretizando numa velocidade e numa intensidade cada vez maior do que previsto anteriormente”, diz analista.

O CNN Sustentabilidade ainda repercutiu uma pesquisa realizada pela consultoria Brain sobre a percepção dos brasileiros quando o assunto é clima. Uma a cada três pessoas precisou fazer reparos em suas residências por conta da ação de eventos extremos, principalmente nas regiões Nordeste e Sul do país.

CNN Sustentabilidade – Sábados, às 22h45, e domingos, às 18h45 (horário alternativo) na CNN Brasil

O secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini / CNN Brasil

Fonte: CNN Brasil

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