Para ministro da Fazenda, falas ditas pelo republicano durante a campanha foram preocupantes, mas o petista também destaca ‘discurso mais moderado’ após a vitória
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou nesta terça-feira (6) que “o dia amanheceu mais tenso” após a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos. O ministro ressaltou que Trump eleito causa apreensão não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Haddad também avaliou as diferenças entre o que foi dito na campanha e o discurso da vitória do republicano. “Na campanha, foram ditas muitas coisas que causam apreensão não [só] no Brasil, [mas] no mundo inteiro. Causam apreensão nos mercados emergentes, causam apreensão nos países endividados, na Europa. O dia amanheceu mais tenso em função do que foi dito na campanha”, disse.
Por outro lado, o ministro pontuou que muitas coisas não se traduzem da maneira como foram anunciadas. “Entre o que foi dito e o que vai ser feito — isso já aconteceu no passado —, as coisas às vezes não se traduzem da maneira como foram anunciadas, e os discursos pós-vitória oficiosa — não é oficial ainda —, mas, após os primeiros resultados, já é um discurso mais moderado do que o da campanha”, completou Fernando Haddad. Mas, para o ministro da Fazenda, é necessário aguardar um pouco e olhar para “a nossa casa”. Haddad frisou que é preciso cuidar das finanças e da economia para o Brasil ser o menos afetado possível.
Corte de gastos
Quando questionado sobre a agenda de corte de gastos, Fernando Haddad disse que a rodada de reuniões com os ministros terminou nesta terça-feira (5). O chefe da Fazenda disse que os ministros estão cientes do reforço do arcabouço fiscal e das demandas orçamentárias. “Foi muito bom, penso que concluímos todas as conversas. Vamos dar uma devolutiva para ele [o presidente Luiz Inácio Lula da Silva], assim que ele for informado do trabalho da Casa Civil, da Fazenda e do Planejamento, está concluído”, explicou Haddad.
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!
Os próximos passos após a devolutiva ao presidente Lula será o encaminhamento ao Congresso Nacional. O ministro destacou que, ainda na terça-feira, falou com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Haddad confirmou que ainda haverá uma conversa prévia com Lira e com o presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Fonte: Jovem Pan