Inicia nesta quinta-feira (21) a obra de saneamento da área do Mercado do Ver-o-Peso, que inclui sistema de coleta e tratamento de esgoto, no bairro da Campina, em Belém. Os serviços beneficiarão cerca de 60 mil pessoas e estão entre os legados da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada na capital paraense, em novembro de 2025. Será a primeira vez na história que a área receberá tratamento adequado dos esgotos sanitários dos imóveis e comércios da região.
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Mudanças no trânsito e interdições
A obra será entregue até outubro de 2025, resultado da parceria entre o Governo do Pará e o Governo Federal, via Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal, com investimento de R$ 12.370.495,44. Os trabalhos serão executados por meio da Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop). O canteiro de obras, a partir desta quinta-feira, será montado na travessa Frei Gil de Vila Nova, entre rua Municipalidade e Boulevard Castilhos França.
Já na segunda-feira (25), os serviços serão executados a partir da marginal direita do Boulevard com Avenida Presidente Vargas, no sentido Ver-o-Peso. A obra avançará com a interdição de apenas uma pista, em um perímetro de 20 metros, para que os trabalhos sejam executados com uma interdição a cada 20 metros.
Em seguida, a obra alcançará a área do Complexo Ver-o-Peso, que terá a interdição completa de uma faixa até a Avenida Portugal, com atividades noturnas, entre 22h e 6h. A terceira e última etapa dos serviços será executada nas ruas transversais, onde estão estabelecimentos comerciais.
“Estamos iniciando o saneamento do entorno do Ver-o-Peso, mais uma obra importante do governo do Estado. A partir desta quinta-feira, haverá a interdição da rua atrás do prédio da CDP [Companhia Docas do Pará] para a montagem do canteiro de obras. E, na segunda-feira, a gente inicia as escavações, partindo do Boulevard Castilhos França com a Presidente Vargas, no sentido Ver-o-Peso”, explica o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Adler Silveira.
Preservação do meio ambiente
O esgoto não tratado contamina a água e o solo, pois escoa para os rios e igarapés. O problema também gera desequilíbrio no ecossistema, já que pode matar espécies da fauna e da flora, além de contribuir para a disseminação de diversas doenças. “São mais de 4 quilômetros de rede de esgotamento sanitário que vão ser implantados pelo Governo do Pará, uma obra que vai trazer mais segurança e saúde para as pessoas que transitam nessa região”, completa Adler
“Vamos tirar esse esgoto a céu aberto que existe hoje na área do Ver-o-Peso, trazendo mais qualidade de vida para os usuário e aqueles que trabalham naquele entorno”, reforça o secretário. As obras contemplam cerca de 4.100 metros de rede coletora de esgoto; assentamento de, aproximadamente, 60 Poços de Visita (PV); execução de 300 unidades de ramais domiciliares; demolição e recomposição de pavimento asfáltico, e a retirada e reaproveitamento dos paralelepípedos.
Esgoto tratado é sinônimo de saúde pública
É classificado como esgoto toda a água utilizada em atividades de limpeza, como descarga de vasos sanitários, banhos, lavagem de roupas e louças. A água servida sai das casas, de estabelecimentos e empreendimentos, com dejetos humanos, que contêm vermes, bactérias e vírus. O esgoto tratado torna a água novamente própria para o uso ou retornar ao meio ambiente.
A água suja é levada até uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), e passa por várias etapas para retirar impurezas. O esgoto que será coletado na área do Ver-o-Peso passará por um processo na ETE Una, em Belém, a maior do Estado, vinculada à Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), e avança para a fase final.
Com Informações: O Liberal