Funcionário de alto escalão do governo acusa plataforma americana de censurar as mensagens de pêsames pelo assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh
A Turquia está sem acesso ao Instagram pelo terceiro dia consecutivo, após as acusações de um funcionário de alto escalão do governo de que a plataforma americana censurou as mensagens de pêsames pelo assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh. A decisão de bloquear o acesso ao Instagram foi anunciada na sexta-feira (2) pela Autoridade Turca de Tecnologias da Informação e Comunicações (BTK), sem uma explicação formal. Uma fonte da agência mencionou uma norma que permite bloquear “conteúdos sensíveis”, sem revelar detalhes. “Nosso país tem valores e sentimentos. Apesar das nossas advertências, não levaram em consideração os conteúdos criminosos. Adotamos uma proibição ao acesso. Quando respeitarem nossas leis, suspenderemos a proibição”, afirmou o ministro dos Transportes e Infraestrutura, Abdulkadir Uraloglu.
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O diretor de Comunicação da presidência turca, Fahrettin Altun, criticou duramente na quarta-feira o Instagram. Ele disse que a plataforma “impedia as pessoas de publicar mensagens de condolências” pela morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh. “É uma tentativa de censura muito clara e evidente”, denunciou Altun no X. Os partidos da oposição CHP (social-democratas) e Iyi Parti (nacionalista), assim como a Ordem dos Advogados de Ancara, recorreram à Justiça para tentar suspender a proibição de acesso. Segundo a imprensa turca, o Instagram tem mais de 50 milhões de usuários no país de 85 milhões de habitantes.
Publicado por Luisa Cardoso
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan
