Palmeiras diz que polícia do Paraguai fez pouco caso após clube denunciar racismo contra Luighi, atacante da base

Palmeiras diz que polícia do Paraguai fez pouco caso após clube denunciar racismo contra Luighi, atacante da base

Torcedor adversário imitou um macaco em direção ao jogador e cuspiu nele enquanto se dirigia ao banco de reservas; caso ocorreu durante partida da Libertadores sub-20

Reprodução/SporTVO atacante Luighi, do Palmeiras, chora após caso de racismo não ser abordado na entrevista após o jogo

O Palmeiras denunciou a falta de ação das autoridades paraguaias diante do caso de racismo sofrido pelo atacante Luighi, durante a partida contra o Cerro Porteño, pela Libertadores Sub-20. O episódio ocorreu na quinta-feira (6), quando um torcedor adversário imitou um macaco em direção ao jogador e cuspiu nele enquanto se dirigia ao banco de reservas. O diretor das categorias de base do Palmeiras, João Paulo Sampaio, afirmou que as tentativas do clube de buscar apoio foram ignoradas.

Segundo Sampaio, nem a polícia paraguaia nem a arbitragem atenderam às reclamações sobre o caso. O delegado da partida e o banco do Cerro Porteño também minimizaram a situação, tratando-a como uma “provocação”. Além disso, ele destacou que a legislação do Paraguai não prevê punições severas para crimes de racismo. “A lei do ano passado fala apenas em prevenção. No Paraguai, racismo não é crime”, afirmou o dirigente. Por essa razão, o clube optou por não registrar ocorrência em uma delegacia local.

Diante da gravidade do caso, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, entrou em contato com os presidentes da CBF e da Conmebol, cobrando providências. O clube também acionou a Fifa para avaliar possíveis sanções. Apesar da repercussão internacional, Sampaio afirmou que o caso teve pouca atenção na mídia paraguaia e no país de maneira geral. “Não vimos nenhum veículo de comunicação tratando do assunto. No Paraguai, não há punição para isso”, disse.

O Palmeiras considerou a possibilidade de retirar a equipe de campo em protesto, mas optou por permanecer na competição para evitar possíveis punições esportivas. Sampaio relembrou o caso do meia Bruno Tabata, que foi suspenso por quatro meses pela Conmebol após reagir a insultos racistas em 2023, também contra o Cerro Porteño. “Se saíssemos de campo, daríamos a vitória ao racista. Eles não vencerão”, declarou o dirigente. O elenco palmeirense usará a competição como forma de resposta ao episódio. “Estamos classificados para a semifinal e iremos com ainda mais força para buscar esse título”, concluiu Sampaio.

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A Conmebol divulgou uma nota oficial repudiando o ato e prometeu investigar o caso. No Brasil, clubes como São Paulo, Corinthians e Santos também manifestaram apoio a Luighi e cobraram punições mais rígidas para casos de racismo no futebol sul-americano.

Publicada por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA


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