Pará apreende mais de 12 toneladas de drogas e intensifica ações contra organizações criminosas

Segurança Pública do Estado realizou 60 operações integradas no combate ao crime organizado

O Liberal

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Em 2024, um conjunto de ações realizadas no Pará para combater o tráfico de drogas resultou na apreensão de mais de 12 toneladas de entorpecentes. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio da Secretaria de Inteligência e Análise Criminal (Siac), o número de apreensões foi 41,37% maior do que em 2023, que teve cerca de 9 toneladas apreendidas. O aumento é referente aos 11 primeiros meses de 2024.

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O secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, comentou os resultados e destacou o esforço contínuo para combater o tráfico de drogas. “O Pará tem superado a cada ano o número de apreensões de drogas. Este ano, já alcançamos 12 toneladas, superando o total do ano passado”, afirmou. Ele ainda mencionou que, em cinco anos de trabalho, já foram apreendidas mais de 50 toneladas de drogas, o que indica que as estratégias de segurança adotadas pelo Estado estão funcionando. “Com o apoio de investimentos em segurança, como a instalação das Bases Fluviais em Breves e Óbidos, conseguimos apreender também nas rotas fluviais. As agências de inteligência e investigações têm sido fundamentais no combate ao tráfico na nossa região”, explicou.

Em números específicos, em 2024, o Pará apreendeu 12.945,434 kg de drogas, sendo 2.811,082 kg de cocaína e 10.134,352 kg de maconha. Já em 2023, o total de apreensões foi de 9.156,584 kg, com 2.361,350 kg de cocaína e 5.895,234 kg de maconha. O prejuízo total para o crime organizado, causado pelas apreensões, foi estimado em R$ 157.565.147,00.

A Segup explicou que os principais pontos de passagem de drogas no Estado são monitorados por meio das agências de inteligência da Polícia Civil e Militar. “Esses locais são mapeados pela nossa inteligência, e com o trabalho das forças de segurança, conseguimos realizar as grandes apreensões. Caso a droga consiga passar sem ser percebida, nós monitoramos seu trajeto”, afirmou Ualame Machado. Ele também citou as apreensões feitas pelas Bases Fluviais Antônio Lemos, em Breves, e Candiru, em Óbidos, que são importantes no combate ao tráfico de drogas nas rotas fluviais.

Além disso, o governo estadual também tem se empenhado na prisão de mais de 1.200 pessoas suspeitas de integrar organizações criminosas, por meio de 60 operações integradas realizadas pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO). Algumas dessas operações contaram com apoio das forças de segurança de outros estados, como Santa Catarina, Amazonas, Rio de Janeiro, Paraná, Goiás e Maranhão.

Em 2020, o Governo do Pará criou a Delegacia de Repressão a Facção Criminosa para intensificar a luta contra facções criminosas. Só em 2024, até novembro, foram realizadas 20 operações, que resultaram na prisão de 151 pessoas suspeitas de integrar essas organizações. As prisões foram por crimes como extorsão, ameaça, roubos, tráfico de drogas e homicídios.

O delegado Breno Ruffeil, responsável pela Delegacia de Repressão a Facções Criminosas, ressaltou a importância da unidade especializada. “Podemos focar totalmente nas investigações, o que tem sido essencial para produzir inquéritos robustos, fundamentais para conseguir prisões e embasar denúncias”, explicou.

O delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende, também destacou os avanços no combate às facções criminosas com a Política de Enfrentamento às Facções Criminosas (PEFC), implementada em setembro deste ano. Ele afirmou que a política tem sido fundamental para melhorar a atuação da Polícia Civil e garantir a proteção da população.

Com Informações: O Liberal

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