O Pará totalizou 65 casos de febre Oropouche de 1º de janeiro a 4 de julho deste ano, como apontam dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) divulgados nesta segunda-feira (15). Nesse mesmo período, ainda segundo a Sespa, nenhuma morte foi registrada. Visando o controle da doença, o Ministério da Saúde (MS) emitiu uma recomendação, na última quinta-feira (11), aos estados e os municípios para intensificarem a vigilância em saúde para a possibilidade de transmissão vertical do vírus.
Sobre essa determinação, a Sespa ressaltou, ainda, que enviou a nota do Ministério da Saúde para todos os 13 Centros Regionais de Saúde e para os 144 municípios do Estado, para ser incluída nas recomendações acerca da doença. A medida, segundo o MS, foi adotada após o Instituto Evandro Chagas do MS detectar presença do anticorpo do vírus em amostras de um caso de abortamento e quatro casos de microcefalia.
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Ministério da Saúde recomenda atenção para casos de febre Oropouche nos estados e municípios
A medida foi adotada após o Instituto Evandro Chagas do MS detectar presença do anticorpo do vírus em amostras de um caso de abortamento e quatro casos de microcefalia.
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A Redação Integrada de O Liberal também solicitou um posicionamento sobre o assunto à Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) para detalhar como a pasta vai trabalhar após as recomendações do MS. A reportagem aguarda retorno.
O que é a febre oropouche?
A febre Oropouche é uma doença causada pelo arbovírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV). Entre os sintomas estão febre de início repentino, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, além de tontura, dor na parte posterior dos olhos, calafrios, náuseas, vômitos. Em cerca de 60% dos pacientes, algumas manifestações, como febre e dor de cabeça persistem por duas semanas. Não há tratamento para a doença.
Esse tipo de doença foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1960. Depois disso, foram relatados casos isolados e surtos, principalmente na região amazônica. Também ocorreram registros da doença no Panamá, na Argentina, Bolívia, no Equador, Peru e na Venezuela. Com a ampliação da investigação da infecção no país, foram confirmados 7.044 casos, com transmissão local em 16 estados.
Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença, de acordo com informações do MS. No Ciclo Silvestre os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.
Já no Ciclo Urbano, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses também é o vetor principal. O mosquito Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, pode ocasionalmente transmitir o vírus também.
Como se prevenir da doença?
- Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível.
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele.
- Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
- Se houver casos confirmados na sua região, siga as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.
Fonte: Ministério da Saúde
Fonte: O Liberal