Paraguai adota "medidas preventivas extraordinárias" na fronteira com Brasil

Número de mortos em 'megaoperação desastrosa' no Rio ultrapassa 130

O Paraguai adotou “medidas extraordinárias de prevenção e vigilância” ao longo da fronteira com o Brasil após a megaoperação policial no Rio de Janeiro contra o crime organizado, que deixou ao menos 121 mortos.

O Conselho de Defesa Nacional (Codena) do Paraguai informou que o Comando Tripartite — localizado na região da tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina — emitiu um alerta sobre a possível entrada de integrantes da facção Comando Vermelho em territórios vizinhos.

Liderado pelo presidente Santiago Peña, o Codena reúne os ministérios da Defesa, Relações Exteriores e Interior, além de representantes das Forças Armadas e dos serviços de inteligência.

Entre as ações determinadas estão o reforço nos controles de imigração e tráfego transfronteiriço, o aumento do patrulhamento e da vigilância nas áreas de fronteira e a intensificação das operações de inteligência em cooperação com Brasil e Argentina.

O comunicado afirma ainda que será mantida comunicação permanente com os países vizinhos e que qualquer indício relacionado ao alerta deverá ser imediatamente repassado às autoridades competentes.

O ministro do Interior paraguaio, Enrique Riera, já havia anunciado o reforço do policiamento e dos controles migratórios em cidades que fazem fronteira com o Brasil. Em entrevista à Rádio Ñandutí, Riera afirmou que recebeu um alerta do Comando Tripartite e que as ações serão coordenadas.

“A ideia é reforçar todas as delegacias nos departamentos que fazem divisa com o Brasil”, disse o ministro, citando as regiões de Amambay (norte), Canindeyú (nordeste) e Alto Paraná (leste) como prioridade.

Ele também confirmou o aumento da presença militar e do controle nas áreas de imigração.

Na terça-feira, uma grande operação policial foi deflagrada contra o Comando Vermelho nas comunidades da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, resultando em ao menos 121 mortes.

Os confrontos se estenderam por áreas de mata nos morros que cercam os bairros, onde vivem cerca de 200 mil pessoas. Ao todo, 113 suspeitos foram presos, dez adolescentes ficaram sob custódia policial, e foram apreendidas 119 armas, 14 artefatos explosivos e toneladas de drogas.

Integrantes da facção usaram armas de alto calibre e até drones com explosivos para atacar a polícia e bloquear vias importantes da cidade, afetando a rotina da população.

Segundo a Polícia, o número de mortos é menor que o apresentado pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro, que fala em 132 vítimas. Moradores das comunidades afetadas relataram desaparecimentos e passaram a reunir dezenas de corpos em uma praça.

Corpos sem roupas – para facilitar a identificação através de tatuagens e marcas de nascença ou cicatrizes – foram colocados em uma rua perto de uma comunidade e a situação correu o mundo

Notícias ao Minuto | 14:24 – 29/10/2025

Fonte: Notícias ao Minuto

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