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Partido de candidato assassinado no Equador indica novo cabeça de chapa

Construye havia tentado colocar Andrea González Nader na corrida eleitoral, mas, por já ter sido inscrita como vice, ela não pôde concorrer

REUTERS/Henry Romero
Christian Zurita e Andrea Gonzalez deixam uma coletiva de imprensa em um hotel, vestindo coletes da polícia

O partido Construye anunciou neste domingo, 13, que o jornalista Christian Zurita substituirá Fernando Villavicencio nas eleições para a presidência do Equador, marcadas para o próximo domingo, 20. Na noite de sábado, 12, a sigla havia anunciado que Andrea González Nader seria escolhida no lugar do candidato morto a tiros na última quarta-feira, 10, mas a ativista já estava cadastrada como vice e, de acordo com as regras eleitorais do país, não poderia assumir a cabeça da chapa. “Não há ninguém mais adequado do que ele [Zurita] para substituir Fernando”, elogiou Nader. O novo candidato era amigo de Villavicencio havia 25 anos, quando se conheceram na universidade. “Juntos fizemos o trabalho mais importante para a imprensa equatoriana”, declarou Zurita. O substituto é definido pelo sute Jornalistas Investigativos, do qual é fundador, como “jornalista indignado”, “inimigo persistente das tiranias” e “esquerdista redimido”.

Posicionado na centro-esquerda, o Construye é um partido crítico ao correísmo, corrente política ligada ao ex-presidente Rafael Correa, o grande líder de esquerda do Equador. Hoje, quem lidera as pesquisas é Luísa Gonzáles, aliada de Correa. Villavicencio era o quinto colocado quando foi assassinado a tiros após sair de um comício. O movimento do qual o candidato fazia parte chegou a insinuar, sem provas, que correístas estavam por trás do assassinato. Mas, de acordo com as autoridades do país, os assassinos são colombianos que pertencem a um grupo criminoso internacional.


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